Aviso

Queridos irmaos o chat esta aberto a todos ...aqueles que sentirem necessidade pode la fazer sua prece individual...usem e fiquem a vontade pq a espritualidade presente ira acolher depende unicamente da fé de cada um.....
Muita paz e luz a todos

segunda-feira, 10 de março de 2014

Laços de Família



Poucos são os homens chamados a governar cidades ou impérios, porém cada qual está obrigado a governar, sábia e prudentemente, sua família e sua casa.
Plutarco

Todo espírito que reencarna obedece a um planejamento espiritual?
Genericamente sim. A reencarnação é um programa de Deus em favor de nossa evolução. A carne é um escoadouro de impurezas espirituais. A jornada terrestre é oportuno curso de aperfeiçoamento moral.

As particularidades da existência humana – profissão, casamento, duração, prole, posição social – são programadas?
Sim, mas geralmente de forma sumária. Planejamento implica em compromisso, algo que somente espíritos amadurecidos têm condições para assumir e cumprir, o que é incomum.

Isso significa que podemos, por exemplo, ter casamentos não programados?
Ocorrem com frequência, particularmente aqueles que obedecem exclusivamente à atração sexual ou ao interesse pecuniário.

Lares tumultuados, onde há muitas brigas e desentendimentos, são fruto de uniões fortuítas ou resultam do reencontro planejado de inimigos do passado ?
São fruto da falta de educação. Em qualquer situação, Espíritos educados respeitam-se, conservando o equilíbrio e a serenidade.

Casamentos não programados antes da reencarnação estão destinados ao fracasso?
Fracassam os casamentos em que os cônjuges não cumprem os deveres inerentes à vida em comum. Isso independe de planejamento pré-encarnatório.

Então até mesmo os casamentos sem ascendentes espirituais podem dar certo?
Evidentemente. Se assim não fosse, jamais teria êxito um segundo ou terceiro matrimônio, já que, normalmente, nimguém reencarna com programação para mais de uma união.

Não seriam os múltiplos casamentos tentativas que o indivíduo faz, à procura do par ideal?
Semelhantes experiências exprimem falta de juízo. Casamento não é sapato que experimentamos até achar um que se ajuste ao formato de nosso pé. Como ensinava Jesus, o fracasso da união matrimonial ocorre por causa da dureza de nossos corações.

Como seria o casamento ideal?
Perfeição só em Deus. O ideal seria aquele que os cônjuges buscam harmonizar-se, cultivando respeito, carinho, renúncia. Não esquecer o bom-humor, o sorriso, o “eu te amo” – que operam prodígios de convivência feliz e ajustada.

Como ser feliz no casamento?
Sendo feliz antes dele. Felicidade é uma realização pessoal que pede esforço no entender os objetivos da existência terrena e empenho por cumprir os desígnios divinos. Pessoas felizes, que cumprem a vontade de Deus, fazem casamentos felizes.

Os filhos são sempre espíritos ligados aos pais desde existências anteriores ?
Sim quando o lar é constituído por espíritos afins, que seguem juntos os caminhos evolutivos.



Como podemos identificar essas famílias?
Geralmente há uma profunda afetividade entre seus componentes, que se respeitam e se ajudam mutuamente, não obstante eventuais desentendimentos, normais em todo relacionamento humano.

Lares assim não são uma exceção?
Não diria exceção, mas uma minoria, o que é natural, pois vivemos em um planeta de provas e expiações, onde as uniões obedecem a  imperativos de resgate e reajuste.

Numa união fortuíta, decorrente de envolvimento passional, ainda assim tem os filhos alguma ligação com os pais?
Normalmente sim, pelo menos com um deles.

A indiferença de certos pais com relação aos filhos deve ser debitada à ausência de ligação afetiva pretérita?
É muito mais decorrente de uma afetividade subdesenvolvida. Normalmente a paternidade e a maternidade despertam impulsos afetivos muito fortes, consolidados pela convivência. È o instinto de proteção em trânsito para o amor.

Como explica o Espiritismo os complexos de Édipo ( o filho se liga à mãe e rejeita o pai), de Electra (a filha se liga ao pai e rejeita a mãe), e a animosidade entre pai e filho, como se fossem rivais disputando a mesma mulher?
Ligações afetivas do passado. Rivais de ontem reúnem-se hoje para superarem aversões e consolidarem afeições. 

Tenho um relacionamento complicado com meus pais. Vivemos às turras. Fomos inimigos no passado ?
A dificuldade não está no reencontro com os inimigos do passado, que até pode acontecer. Basicamente tem a ver com compreensão.

Como ter compreensão se não há o mesmo empenho da outra pessoa?
Quem exercita compreensão somente quando há reciprocidade, ainda não conquistou o dom de compreender.

Parece-me intolerável ter gente controlando minha vida, dizendo o que devo fazer.
Então deve mudar-se  para uma ilha deserta. Em qualquer relacionamento humano há regras, leis, normas. Há uma hierarquia a ser observada, envolvendo o lar, a escola, a profissão e a sociedade.

Como melhorar o relacionamento com meus pais?
Pense nisso: seus pais podem não ser os melhores do mundo, mas esteja certo que eles são aqueles que você merece. Você lhes deve respeito, nem que seja só pelo fato de eles terem te dado a oportunidade de uma nova encarnação.

Há momentos em que gostaria de estrangular meu irmão. Somos inimigos do passado ?
Essa é a idéia com que, nas lides espíritas, tentamos justificar nossa incapacidade de conviver em harmonia.

Mas se ele realmente foi meu inimigo, não é natural que tenhamos problemas de convivência ?
Deus seria um sádico se essa fosse a intenção.

Não é assim que pagamos as nossas dívidas?
Só pagam dívidas os que cultivam a paz. Em estado de guerra só complicamos o nosso futuro.

Se as dificuldades de convivência não decorrem de passadas divergências, qual a sua origem ?
Falta de educação.

Eu me considero uma pessoa educada, tenho escolaridade, frequento as reuniões espíritas e cultivo a oração.
Isso tudo é muito bom, mas só um verniz, a parte exterior de nossa personalidade. A verdadeira educação exprime-se no disciplinamento de nossas emoções, na capacidade de manter a serenidade, respeitando as pessoas.

E quando é o outro que quer brigar?
Segundo o velho ditado, quando um não quer, dois não brigam. As brigas começam com a agressão de alguém, mas se não houver uma reação agressiva da outra parte tendem a não se consumarem.