Aviso

Queridos irmaos o chat esta aberto a todos ...aqueles que sentirem necessidade pode la fazer sua prece individual...usem e fiquem a vontade pq a espritualidade presente ira acolher depende unicamente da fé de cada um.....
Muita paz e luz a todos

sábado, 31 de agosto de 2013

Orar Sempre


Imagem obtida no Wikimedia.
No momento quando a nossa mente silencie das torpezas morais, a partir do instante em que nós procuremos a quietude com Deus e estabeleçamos o vínculo de amor com a divindade, a nossa vida será um ato de oração. Então, os tormentos de fora não nos perturbaram, o vozerio e o clamor das perturbações em volta não lograram atingir-nos. Chegamos a um momento de desaires e de angústias por imprevidência. Nada obstante saibamos das recomendações do Mestre, ainda preferimos o tumulto. Há uma necessidade imperiosa, meus filhos, de nos aquietarmos, para que o Senhor possa falar no ádito dos nossos corações aquilo que pode servir-nos de diretriz para a segurança pessoal. Torna-se-nos indispensável a perfeita identificação com o Pai através da oração.
Alguém tornou-se adversário infeliz da nossa existência; oremos por ele, porque perdeu a direção de si mesmo.
A calúnia foi atirada à nossa frente para embaraçar os nossos pés; oremos, suplicando ao Senhor da Vida, que ilumine o caluniador e dê-nos resistência para superar a circunstância desagradável.
A traição cavou um abismo e nos empurra com o sorriso dos indiferentes; oremos, ainda aí, em favor do companheiro equivocado, suplicando forças para não tombarmos na sua cilada.
Orar é abrir a alma para Deus, esvaziando-a das paixões, dos limites, das fixações negativas, para que Deus preencha esse espaço com plenitude.
Vós fostes honrados com a dádiva do conhecimento espírita. Vós dialogais com aqueles que vos precederam na viagem de volta à grande família. Vós sabeis que não cai uma folha da árvore ou um fio de cabelo das vossas cabeças que não seja pela vontade do Pai graças às suas leis.
Tende coragem; o infortúnio é o acidente de percurso em vossa viagem de evolução; o sofrimento é uma experiência para avaliação das conquistas espirituais de que sois portadores; à carência afetiva, a solidão constitui o resgate imperioso do mau uso da afetividade que foi conspurcada. Em qualquer situação tendes a claridade da Lei de Causa e Efeito para entenderdes, mas dispondes da oração para, em comunhão com Deus, superardes os impedimentos e as dificuldades.
Não vos desespereis, nunca estareis a sós. Podereis isolar-vos, mas o Pai não vos deixará sem a Sua presença; podereis fugir do suave convívio, mas Ele, através das irrevogáveis leis, espera-vos um pouco adiante. Enxugai, então, o suor do desespero, as lágrimas da aflição e buscai a resignação da confiança orando, porque através da oração atingireis a meta que buscais: a paz interior que Dele demanda. São momentos cruciais, mesmo os escolhidos correm perigo. Neste momento da grande seleção, tende tento e porfiai até o fim. Não vos considereis exitosos antes de encerrada a experiência carnal: muitas vezes uma viagem não conclui porque na etapa final há um abismo sem ponte. Esperai, portanto, pela glorificação depois da mortificação.
Que o Senhor de Bênçãos nos abençoe e que a sua paz siga conosco e leve a todos vós aos vossos lares em clima de harmonia.
São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre, Bezerra.
Muita paz, meus filhos.
Divaldo Franco incorporando o Dr. Bezerra de Menezes
Rio de Janeiro, no Grupo Espírita André Luiz, 24/08/2004.

Oração



Livro Parnaso de Além-Túmulo, José Silvério Horta – Chico Xavier.
Pai Nosso, que estás nos Céus,
Na luz dos sóis infinitos,
Pai de todos os aflitos
Deste mundo de escarcéus.

Santificado, Senhor,
Seja o teu nome sublime,
Que em todo o Universo exprime
Concórdia, ternura e amor.
Venha ao nosso coração
O teu reino de bondade,
De paz e de claridade
Na estrada da redenção.
Cumpra-se o teu mandamento
Que não vacila e nem erra,
Nos Céus, como em toda a Terra
De luta e de sofrimento.
Evita-nos todo o mal,
Dá-nos o pão do caminho,
Feito na luz, no carinho
Do pão espiritual.
Perdoa-nos, meu Senhor,
Os débitos tenebrosos,
De passados escabrosos,
De iniquidade e de dor.
Auxilia-nos, também,
Nos sentimentos cristãos,
A amar nossos irmãos
Que vivem longe do bem.
Com a proteção de Jesus,
Livra a nossa alma do erro,
Sobre o mundo de desterro,
Distante da vossa luz.
Que a nossa ideal Igreja
Seja o altar da Caridade,
Onde se faça a vontade
Do vosso amor… Assim seja.

Se Fosse um Homem de Bem, Teria Morrido

Falando de um homem mau, que escapa de um perigo, costumais dizer: "Se fosse um homem bom, teria morrido." Pois bem, assim falando, dizeis uma verdade, pois, com efeito, muito amiúde sucede dar Deus a um Espírito de progresso ainda incipiente prova mais longa, do que a um bom que, por prêmio do seu mérito, receberá a graça de ter tão curta quanto possível a sua provação. Por conseguinte, quando vos utilizais daquele axioma, não suspeitais de que proferis uma blasfêmia.

Se morre um homem de bem, cujo vizinho é mau homem, logo observais: "Antes fosse este." Enunciais uma enormidade, porquanto aquele que parte concluiu a sua tarefa e o que fica talvez não haja principiado a sua. Por que, então, haveríeis de querer que ao mau faltasse tempo para terminá-la e que o outro permanecesse preso à gleba terrestre? Que diríeis se um prisioneiro, que cumpriu a sentença contra ele pronunciada, fosse conservado no cárcere, ao mesmo tempo que restituíssem à liberdade um que a esta não tivesse direito? Ficai sabendo que a verdadeira liberdade, para o Espírito, consiste no rompimento dos laços que o prendem ao corpo e que, enquanto vos achardes na Terra, estareis em cativeiro.
Habituai-vos a não censurar o que não podeis compreender e crede que Deus é justo em todas as coisas. Muitas vezes, o que vos parece um mal é um bem. Tão limitadas, no entanto, são as vossas faculdades, que o conjunto do grande todo não o apreendem os vossos sentidos obtusos. Esforçai-vos por sair, pelo pensamento, da vossa acanhada esfera e, à medida que vos elevardes, diminuirá para vós a importância da vida material que, nesse caso, se vos apresentará como simples incidente, no curso infinito da vossa existência espiritual, única existência verdadeira. - Fénelon. (Sens, 1861.)
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 5. Livro eletrônico gratuito em 

Hora Vazia

Cuidado com a hora vazia, sem objetivo, sem atividade.

Nesse espaço, a mente engendra mecanismos de evasão e delira.
Cabeça ociosa é perigo a vista.
Mãos desocupadas, facultam o desequilíbrio que se instala.
Grandes males são maquinados quando se dispõe de espaço mental em aberto.
*
Se, por alguma circunstância, surge-te uma hora vazia, preenche-a com uma leitura salutar, ou uma conversação positiva, ou um trabalho que aguarda oportunidade para execução, ou uma ação que te proporcione prazer...
O homem, quanto mais preenche os espaços mentais com as idéias do bem, mediante o estudo, a ação ou a reflexão, mais aumenta a sua capacidade e conquista mais amplos recursos para o progresso.
Estabelece um programa de realizações e visitas para os teus intervalos mentais, as tuas horas vazias, e te enriquecerás de desconhecidos tesouros de alegria e paz.
Hora vazia, nunca!
FRANCO, Divaldo Pereira. Episódios Diários. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 8.

O Adolescente e o Problemas das Drogas

O Adolescente e o Problemas das Drogas

Entre os impedimentos para a auto-identificação, no período da adolescência, destaca-se a rejeição.
Caracterizado pelo abandono a que se sente relegado o jovem no lar, esse estigma o acompanha na escola, no grupo social, em toda parte, tornando-o tão amargurado quão infeliz.
Sentindo-se impossibilitado de auto-realizar-se, o adolescente, que vem de uma infância de desprezo, foge para dentro de si, rebelando-se contra a vida, que é a projeção inconsciente da família desestruturada, contra todos, o que é uma verdadeira desdita. Daí ao desequilíbrio, na desarmonia psicológica em que se encontra, é um passo.
Os exemplos domésticos, decorrentes de pais que se habituaram a usar medicamentos sob qualquer pretexto, especialmente Valium e Librium, como buscas de equilíbrio, de repouso, oferecem aos filhos estímulos negativos de resistência para enfrentar desafios e dificuldades de toda a natureza. Demonstrando incapacidade para suportar esses problemas sem a ajuda de químicos ingeridos os, abrem espaço na mente da prole, para que, ante dificuldades, fuja para os recantos da cultura das drogas que permanece em voga.
Por outro lado, a exuberante propaganda, a respeito dos indivíduos que vivem buscando remédios para quaisquer pequenos achaques, sem o menor esforço para vencê-los através dos recursos mentais e atividades diferenciadas, produz estímulos nas mentes jovens para que façam o mesmo, e se utilizem de outro tipo de drogas, aquelas que se transformaram em epidemia que avassala a sociedade e a ameaça de violência e loucura.
O alcoolismo desenfreado, sob disfarce de bebidas sociais, levando os indivíduos a estados degenerativos, a perturbações de vária ordem, torna-se fator predisponente para as famílias seguirem o mesmo exemplo, particularmente os filhos, sem estrutura de comportamento saudável.
O tabagismo destruidor, inveterado, responde pelas enfermidades graves do aparelho respiratório, criando dependência irrefreável, transformando-se em estímulo nas mentes juvenis para a usança de tais bengalas psicológicas, que são porta de acesso a outras substâncias químicas mais perturbadoras.
A utilização da maconha, sob a justificativa de não ser aditiva, apresentada como de conseqüências suaves e sem perigo de maiores prejuízos, com muita propriedade também denominada erva do diabo, cria, no organismo, estados de dependência, que facultarão a utilização de outras substâncias mais pesadas, que dão acesso à loucura, ao crime, em desesperadas deserções da realidade, na busca de alívio para a pressão angustiante e devoradora da paz.
Todas essas drogas tornam-se convites-soluções para os jovens desequipados de discernimento, que se lhes entregam inermes, tombando, quase irremissivelmente, nos seus vapores venenosos e destruidores, que só a muito custo conseguem superar, após exaustivos tratamentos e esforço hercúleo.
Os conflitos, de qualquer natureza, constituem os motivos de apresentação falsa para que o indivíduo se atire ao uso e abuso de substâncias perturbadoras, hoje ampliadas com os barbitúricos, a heroína, a cocaína, o crack e outros opiáceos.
E não faltam conflitos na criatura humana, principalmente no jovem que, além dos fatores de perturbação referidos, sofre a pressão dos companheiros e dos traficantes -que se encontram nos seus grupos sociais com o fim de os aliciar; a rebelião contra os pais, como forma de vingança e de liberdade; a fuga das pressões da vida, que lhe parece insuportável; o distúrbio emocional, entre os quais se destacam os de natureza sexual...
A educação no lar e na escola constitui o valioso recurso psicoterapêutico preventivo em relação a todos os tipos de drogas e substâncias aditivas, desvios comportamentais e sociais, bengalas psicológicas e outros derivativos.
A estruturação psicológica do ser é-lhe o recurso de segurança para o enfrentamento de todos os problemas que constituem a existência terrena, realizando-se em plenitude, na busca dos objetivos essenciais da vida e aqueloutros que são conseqüências dos primeiros.
Quando se está desperto para as finalidades existenciais que conduzem à auto-realização, à auto-identificação, todos os problemas são enfrentados com naturalidade e paz, porquanto ninguém amadurece psicologicamente sem as lutas que fortalecem os valores aceitos e propõem novas metas a conquistar.
Os mecanismos de fuga pelas drogas, normalmente produzem esquecimento, fugas temporárias ou sentimento de maior apreciação da simples beleza do mundo, o que é de duração efêmera, deixando pesadas marcas na emoção e na conduta, no psiquismo e no soma, fazendo desmoronar todas as construções da fantasia e do desequilíbrio.
É indispensável oferecer ao jovem valores que resistam aos desafios do cotidiano, preparando-o para os saudáveis relacionamentos sociais, evitando que permaneça em isolamento que o empurrará para as fugas, quase sem volta, do uso das drogas de todo tipo, pois que essas fugas são viagens para lugar nenhum.
Sempre se desperta desse pesadelo com mais cansaço, mais tédio, mais amargura e saudade do que se haja experimentado, buscando-se retomar a qualquer preço, destruindo a vida sob os aspectos mais variados
Por fim, deve-se considerar que a facilidade com que o jovem adquire a droga que lhe aprouver, tal a abundância que se lhe encontra ao alcance, constitui-lhe provocação e estímulo, com o objetivo de fazer a própria avaliação de resultados pela experiência pessoal. Como se, para conhecer-se a gravidade, o perigo de qualquer enfermidade, fosse necessário sofrê-la, buscando-lhe a contaminação e deixando-se infectar.
A curiosidade que elege determinados comportamentos desequilibradores já é sintoma de surgimento da distonia psicológica, que deve ser corrigida no começo, a fim de que se seja poupado de maiores conflitos ou de viagens assinaladas por perturbações de vária ordem.
Em todo esse conflito e fuga pelas drogas, o amor desempenha papel fundamental, seja no lar, na escola, no grupo social, no trabalho, em toda parte, para evitar ou corrigir o seu uso e o comprometimento negativo.
O amor possui o miraculoso condão de dar segurança e resistência a todos os indivíduos, particularmente os jovens, que mais necessitam de atenção, de orientação e de assistência emocional com naturalidade e ternura.
Diante, portanto, do desafio das drogas, a terapia do amor, ao lado das demais especializadas, constitui recurso de urgência, que não deve ser postergado a pretexto algum, sob pena de agravar-se o problema, tornando-se irreversível e de efeitos destruidores.
FRANCO, Divaldo Pereira. Adolescência e Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

cura senhor


Onde está a felicidade?



Ninguém muda de imediato. Para nos transformarmos, necessitamos de muita compreensão. Temos sempre muitas possibilidades de ser felizes, só que quase sempre não as percebemos. Muitas vezes, prefere-se desejar algo que não se tem, na ilusão de ser ou ter. Colocamos muito nos atos externos ou em terceiros a nossa tão falada felicidade. E, na maioria das vezes, ao conseguir o que almejamos, a euforia passa logo, e voltamos a desejar outras coisas. A tão sonhada felicidade está dentro de nós, não importa onde estejamos e o que façamos; os atos externos não devem influir em nossa paz interior.
Muitos acham que só serão felizes desencarnados. Outros, que só a vida encarnada lhes trará alegrias. Ao colocar fatos externos como condições para sermos felizes, não o somos. Como também não devemos esperar que outros resolvam para nós nossas dificuldades. Enquanto não solucionarmos nossos conflitos de ter e ser, seremos insatisfeitos em qualquer lugar que estivermos. A felicidade duradoura está na paz conquistada, na harmonia, no equilíbrio, na alegria de ser útil, no bem e no caminhar para o progresso. Creio que irá gostar da vida, quando sua felicidade não depender de nada ou de ninguém; quando não esperar recompensas, retorno; não exigir nada; quando você amar a si mesmo, à vida e a todos os que a rodeiam.
Livro O Vôo da Gaivota, cap. Colóquio Interessante, Espírito Patrícia – psicografia de Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho.

Reprimindo o choro


Não devemos reter nossas lágrimas. São elas nossas energias emocionais que se materializam e precisam ser expressas.
Chorar é muito natural. Quando estamos em contato com nossas emoções e sentimentos, sabemos o que eles nos querem dizer e mostrar sobre nossas carências e nossas relações com os outros.
Quase todos nós aprendemos como sentir ou como esconder nossas emoções na infância. A formação da nossa personalidade está ligada, sem contar a outros tantos fatores, ao aprendizado da vida atual. Fatos e atitudes semelhantes costumam provocar nas crianças emoções comparáveis; portanto, não podemos nos esquecer da influência do meio e da cultura no desenvolvimento de nossa emotividade.
Emoções e sentimentos são simples e primários; são como são, não adianta enfeitá-los ou tentar explicá-los. O desenvolvimento, porém, da nossa maneira de “sentir agindo” se forma de acordo com nosso grau evolutivo somado à nossa vontade e ao ambiente em que vivemos.
Ninguém sente emoções somente em determinadas partes do corpo, mas sim em todo o organismo. No entanto, a mesma emoção pode provocar atitudes completamente diversas nas pessoas. Durante uma apresentação teatral ou musical, podemos observar as mais controvertidas emoções na platéia diante das mesmas circunstâncias de estímulo. Os seres humanos são espíritos milenares que vivem temporariamente em corpos transitórios; essa a razão da diversidade de sentimentos.
Em caso de falecimento de entes queridos, chorar de modo intenso é uma emoção perfeitamente compreensível. Porém, se aprendemos com adultos preconceituosos que “homens nunca devem chorar”, reprimimos nossas emoções naturais e passamos a criar barreiras psicológicas em nossa vida íntima. É saudável, pois, em certas circunstâncias, demonstrar tristeza; reprimi-la é doentio.
Não estamos nos referindo aos comportamentos espetaculares de exibição dramática, mas à necessidade de expressar a dor da separação.
Muitos escondem suas lágrimas, pois querem demonstrar a seus amigos e familiares que são altamente espiritualizados. Afirmam que o choro é reação anormal de criaturas revoltadas. Na verdade, esse julgamento infeliz é observado nos denominados “juizes ideológicos”; perderam suas conexões com a sensibilidade.
Alguns aprenderam que não devemos chorar pelos nossos mortos queridos, pois lhes ensinaram que, enquanto permanecerem derramando lágrimas, seus afetos não ficarão em paz. O verdadeiro problema que se estabelece é a rebeldia e a inconformação perante as Leis da Vida, não as lágrimas que derivam da saudade e do amor que nutrimos pelos seres que partiram.
Outros reagem ante os funerais de familiares com um “entorpecimento emocional”, não derramando uma lágrima sequer. Pessoas podem acusá-los de indiferentes e insensíveis, por não conseguirem avaliar o cansaço físico excessivo dessas criaturas naquele momento, pelas noites e noites desgastantes que viveram durante a longa doença do afeto que partiu. Outros ainda tomam atitudes de coragem impassível diante da dor, por terem aderido a doutrinas estóicas. Posteriormente, no entanto, sentem-se culpados, porque não choraram o quanto queriam chorar.
Para os que têm fé e aceitam a vida após a morte, a separação é vista de forma temporária, ficando mais facil para eles superarem os momentos dolorosos do “adeus” na desencarnação. Sabem que o progresso é inevitável e, por isso, consideram a morte o fim de uma etapa e o início de outra melhor.
“Sensibiliza os Espíritos o lembrarem-se deles os que lhes finam caros na Terra.”¹
As lágrimas são mensageiras da saudade, são as águas cristalinas do coração, que surgem das profundezas de nossa alma.
¹ O Livro dos Espíritos, Questão 320:
Sensibiliza os Espíritos o lembrarem-se deles os que lhes foram caros na Terra?
Muito mais do que podeis supor. Se são felizes, esse fato lhes aumenta a felicidade. Se são desgraçados, serve-lhes de lenitivo.
Livro As Dores da Alma, item Repressão, Espírito Hammed – psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto.

Relembrando os que se foram



Relacionamos algumas perguntas feitas por Allan Kardec e as respostas dadas pos Espíritos Superiores contidas em “O Livro dos Espíritos” a respeito das homenagens que fazemos aos desencarnados e os sofrimentos que carregamos pela ausência de um ente querido que já se foi.
Pergunta 320. Os espíritos são sensíveis à saudade dos que os amavam na Terra?
Resposta: Muito mais do que podeis julgar. Essa lembrança aumenta-lhes a felicidade, se são felizes, e se são infelizes, serve-lhes de alívio.

Pergunta 321. O dia de comemoração dos mortos tem alguma coisa de mais solene para os Espíritos? Preparam-se eles para visitar os que vão orar sobre os túmulos?
Resposta: Os Espíritos atendem ao chamado do pensamento nesse dia como nos outros.
Pergunta 321-a. Esse é para eles um dia de reunião junto às sepulturas?
Resposta: Reúnem-se em maior número nesse dia, porque maior é o número das pessoas que os chamam. Mas cada um só comparece em atenção aos seus amigos, e não pela multidão dos indiferentes.
Pergunta 323. A visita ao túmulo proporciona mais satisfação ao Espírito do que uma prece feita em sua intenção?
Resposta: A visita ao túmulo é uma maneira de se manifestar que se pensa no Espírito ausente: é a exteriorização desse fato. Eu já vos disse que é a prece que santifica o ato de lembrar; pouco importa o lugar, se a lembrança é ditada pelo coração.
Pergunta 326. A alma que volta à vida espiritual (isto é, o espírito quando desencarnado) é sensível às honras que tributam aos seus despojos materiais?
Resposta: Quando o Espírito já chegou a certo grau de perfeição, não tem mais vaidade terrestre e compreende a futilidade de todas as coisas…
Pergunta 329O respeito instintivo do homem pelos mortos, em todos os tempos e entre todos os povos, é um efeito da intuição da existência futura?
Resposta: É uma consequência natural. Sem ela, esse respeito não teria sentido.
Pergunta 924. A perda de entes queridos não nos causa um sofrimento tanto mais legítimo quanto ela é irreparável e independente da nossa vontade?
Resposta: Essa causa de sofrimento atinge tanto o rico quanto o pobre: é uma prova ou expiação e lei para todos. Mas é uma consolação poderdes comunicar-vos com os vossos amigos pelos meios de que dispondes, enquanto esperais o aparecimento de outros mais diretos e mais acessíveis aos vossos sentidos.

Aceitando a morte


A morte, examinada do ponto de vista terrestre, prossegue sendo a grande destruidora da alegria e da esperança, que gera dissabores e infortúnios entre os homens.
Interrompendo os programas estabelecidos, propicia frustração e amargura, naqueles que permanecem no corpo, em razão das conjunturas em que se encontram.
Não possuindo, os homens, a visão correta sobre a realidade da vida, investem, no corpo, os objetivos imediatos da existência física, o máximo de valores, esquecendo-se de colocar na sua planificação a inevitável ocorrência da desencarnação.
Anestesiando a razão, mediante processo automatista, quase inconsciente, a fim de ignorar-lhe a presença, evitam a abordagem do fenômeno biológico de transformação, assim evadindo-se do dever de uma análise mais profunda em torno do ser e da vida.
Como consequência, quando se deparam com essa fatalidade, são tomados, quase sempre, de estupor ou desespero, de amargura ou revolta.
O egoísmo, que lhes predomina em a natureza, fá-los anelar pela permanência física dos seres queridos, mesmo quando enfermos ou limitados, sem que sejam consideradas as bênçãos que os aguardam após a libertação.
Eis por que, do ponto de vista espiritual, a morte significa o retorno para o lar, donde se procede, antes de iniciada a viagem para o aprendizado na escola terrena, sempre de breve duração, considerando-se a perenidade da vida em si mesma.
Desse modo, em expressivo número de vezes, para morrer é necessário possuir merecimento.
Livro Loucura e Obsessão, Cap. 21, Manoel Philomeno de Miranda, Divaldo Franco.

Faça o seu melhor

        Deus não criou os Espíritos perfeitos, mas aperfeiçoáveis e perfectíveis.

        Trata-se de uma constatação muito fácil de ser feita.

        Basta olhar em volta para perceber homens e mulheres com tendências e talentos variados.

        Em uns, avulta a inteligência.

        Em outros, a delicadeza de sentimentos chama a atenção.

        Há quem tenha considerável talento artístico.

        No princípio, eles eram extremamente parecidos em sua singeleza.

        No final dos processos, todos serão perfeitos.

        Na atualidade, sua força e sua fraqueza denotam os caminhos que escolheram trilhar em sua jornada evolutiva.

        Como seres imperfeitos, já muito erraram e outros erros ainda cometerão.

        Mas isso não é de causar estranheza e a vida propicia modos de reparação de todo o mal causado.

        A Misericórdia Divina é infinita e auxilia a todos.

        Basta ter boa vontade para se recompor.

        Ou seja, estar disposto a trabalhar firme em favor do progresso.

        É preciso que os talentos amealhados ao longo do tempo sejam utilizados de forma construtiva.

        Quem possui cintilante inteligência necessita empregá-la no esclarecimento dos irmãos de caminhada.

        Os cientistas têm o dever de, mediante suas descobertas e criações, propiciar vida mais longa e confortável aos semelhantes.

        O talento artístico deve chamar a atenção para as maravilhas da criação.

        A música, a pintura, a representação, toda forma de arte tem a vocação de ser um convite à apreciação do belo e do sublime.

        Qualquer que seja o talento, ele pode e deve ser utilizado no bem.

        Não é lícito enterrar os talentos recebidos, conforme ensina a famosa passagem evangélica.

        Eles representam o meio de que cada Espírito dispõe para reabilitar-se perante a Consciência Cósmica.

        Se cometeu equívocos no processo de aprendizado e amadurecimento, também desenvolveu variados dons.

        A utilização desses dons deve funcionar como o amor que cobre a multidão de pecados, na feliz expressão do apóstolo Pedro.

        Bem se vê que errar para aprender não é tão grave assim.

        Basta ter a coragem de assumir as conseqüências dos próprios equívocos e tratar de repará-los.

        Como o passado espiritual se esfumaça no processo reencarnatório, a vida manda alguns lembretes.

        Eles se apresentam na forma dos parentes problemáticos, do chefe difícil, do convite para trabalhar por uma causa.

        O talento que se tem é o indicativo da tarefa a ser feita.

        O mesmo ocorre com o contexto social em que se é inserido.

        Assim, tenha boa vontade e faça o seu melhor, em todas as circunstâncias de sua vida.

        O bem que você hoje pratica representa a sua gratidão pelos talentos e oportunidades com que a vida o brindou, ao longo dos milênios.

        Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 17.09.2008.

Oração de um sofredor.





Meu Deus, és soberanamente justo,

todo sofrimento, neste mundo, há pois,

de ter a sua causa e a sua utilidade.

Aceito a aflição que acabo de experimentar

como expiação de minhas faltas passadas

e como prova para o meu futuro.

Bons Espíritos que me protegeis, daí-me para

suportá-la sem lamentos.

Fazei que ela me seja um aviso salutar;

que me acresça a experiência que abata em

mim o orgulho, a ambição, a tola vaidade

e o egoísmo, e que contribua assim para o meu adiantamento. Ó meu Deus, dá-me forças

para suportar as provações que te aprouve

destinar-me. Submeto-me resignado,

ó meu Deus, mas a criatura é tão fraca,

que temo sucumbir, se me não amparares.

Não me abandones, Senhor,

que sem ti nada posso.

Deus onipotente, que vês as nossas misérias,

digna-te de escutar, benevolente, a súplica

que nesse momento te dirijo.

Se é desarrazoado o meu pedido, perdoa-me;

se é justo e conveniente segundo as tuas vistas,

que os bons espíritos, executores das tuas

vontades, venham em meu auxílio para

que ele seja satisfeito. Como quer que seja,

meu Deus, faça-se a tua vontade.

Se os meus desejos não forem atendidos,

é que está nos teus desígnios experimentar-me

e eu me submeto . sem me queixar.

Faze que por isso nenhum desânimo me

assalte e que nem a minha fé nem a minha

regninação sofram qualquer abalo.


Terezinha Oliveira

Prece Diferente



Senhor!

Eu desejo Te fazer uma rogativa diferente. Todos pedem pelos injustiçados, por aqueles que têm sede e fome de justiça. Eu Te peço pelos que cometem injustiças.

Todos rogam pelas vítimas das drogas. Eu Te rogo, Senhor, por aqueles que distribuem as drogas e com isso enriquecem.

São criaturas infelizes que ajuntam fortunas à custa de vidas alheias, de lares destroçados. Logo mais, eles terão que responder perante a Lei Divina por toda a infelicidade que estão cultivando.

Muitos pedem pelos órfãos e pelas viúvas. Eu Te rogo, Senhor, por aqueles que deixaram as crianças sem pai e as mulheres sem marido, porque todos os que espalham o mal, brevemente enfrentarão o julgamento da própria consciência.

Todos suplicam pelas mães que tiveram as vidas dos seus filhos ceifadas em plena juventude, pelo braço da violência assassina. Pelas mães que choram a ausência dos filhos que eram toda a sua alegria.

Mas eu, Senhor, Te peço pelos corações das mães que têm seus filhos encerrados nas prisões. Por aquelas que os receberam nos braços, os amamentaram e teceram mil sonhos de ventura e os viram todos destroçados.

Te peço, Senhor, pelas mães que sofrem por ouvirem muitos chamarem seus filhos de bandidos, de criminosos, de homens sem alma.

Muitos suplicam pelos que padecem fome. Eu Te suplico por aqueles que a provocam. Por aqueles que, tendo abarrotados os celeiros, mantêm as portas fechadas, esperando que o preço suba, que o mercado fique melhor para poderem ganhar maiores somas em dinheiro.

Todos pedem em favor dos que não têm acesso aos medicamentos, aos hospitais, a exames e a um tratamento digno.

Eu Te rogo por todos aqueles que fazem das suas possibilidades de servir ao semelhante uma oportunidade de conseguir ainda mais moedas para acrescentar nas suas contas bancárias.

Muitos estendem súplicas aos céus pelos idosos abandonados que vivem nos asilos, nas ruas, nas clínicas.

Eu Te suplico por aqueles que os abandonaram porque um dia colherão a exata medida do que estão semeando na atualidade.

Enfim, Senhor, enquanto todos rogam pelos infelizes e desgraçados, eu Te rogo por aqueles que sorriem mas apresentam o coração em chaga viva, por aqueles que parecem ser vencedores no mundo, mas que trazem na intimidade a mensagem da frustração, do desamor e da solidão.

Eu Te peço, Senhor, por todos os que se encontram no momento da semeadura infeliz porque, na época da colheita, sofrerão imensamente por todos os espinhos que terão de colher.

*   *   *

O primeiro ato que deveria assinalar o dia do cristão é a prece.

Não existe uma fórmula especial para orar. Um bom pensamento vale mais do que grande número de palavras com as quais nada tenha o coração.

A qualidade principal da prece é ser clara, simples, sem frases inúteis.

Cada palavra deve ter alcance próprio, despertar uma ideia, pôr em vibração uma fibra da alma.

Orar por si mesmo é necessidade da criatura. Orar pelos que persistem no erro, é exercício de amor ao semelhante.



Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais do cap.

XXVIII, item 1, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan

Kardec, ed. Feb.

Em 18.06.2012.

Educandário de luz

Educandário de luz

Ninguém se reconheceria fora da paciência e do amor que Jesus nos legou, se todos freqüentássemos a universidade da beneficência, cujos institutos de orientação funcionam, quase sempre nas áreas da retaguarda.Aí, nos recintos da penúria, as lições são administradas, ao vivo, através das aulas inumeráveis do sofrimento.
Tanto quanto possas e, mais demoradamente nos dias de aflição, quando tudo te pareça convite ao desalento, procura experiência e compreensão nessa escola bendita, alicerçada em necessidades e lágrimas.
Se contratempos te ferem nos assuntos humanos, visita os irmãos enfermos, segregados no hospital, a fim de que possas aprender a valorizar a saúde que te permite trabalhar e renovar a esperança.
Quando te atormente a fome de sucesso nos temas afetivos e a ventura do coração se te afigure tardia, toma contato com aqueles companheiros que habitam furnas abandonadas, para quem a solidão se fez o prato de cada dia.
Ante os empeços da profissão com que o mundo te honra a existência, consagra alguns minutos a escutar o relatório dos pais de família, entregues ao desespero por lhes escassearem recursos à própria subsistência.
E, se experimentas dissabores, perante os filhos que te enriquecem a a alma de esperança e carinho, à face das tribulações que lhes gravam a vida, observa aqueles outros pequeninos que caminham nas trilhas do mundo, sem tutela de pai ou mãe que os resguarde, atirados à noite da criminalidade e da ignorância.
Matricula-te no educandário da caridade e guardarás a força da paciência.
Enriquece de cultura os dotes que te enfeitam a personalidade e realiza na terra os nobres ideais afetivos que te povoam os pensamentos, no entanto, se queres que a felicidade venha morar efetivamente contigo, auxilia igualmente a construir a felicidade dos outros.
Nosso encontro com aqueles que sofrem dificuldades e provações maiores que as nossas será sempre, em qualquer lugar, o nosso mais belo e mais duradouro encontro com Deus.
*  *  *
Emmanuel
Mensagem retirada do livro "Paz e Renovação" Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Em seu benefício

Em seu benefício

Não se agaste com o ignorante; certamente, não dispõe ele das oportunidades que iluminaram seu caminho.Evite aborrecimento com as pessoas fanatizadas; permanecem no cárcere do exclusivismo e merecem compaixão como qualquer prisioneiro.
Não se perturbe com o malcriado; o irmão intratável tem, na maioria das vezes, o fígado estragado e os nervos doentes.
Ampare o companheiro inseguro; talvez não possua o necessário, quando você detém excessos.
Não se zangue com o ingrato; provavelmente, é desorientado ou inexperiente.
Ajude ao que erra; seus pés pisam o mesmo chão, e, se você tem possibilidades de corrigir, não tem o direito de censurar.
Desculpe o desertor; ele é fraco e mais tarde voltará a lição.
Auxilie o doente; agradeça ao divino poder o equilíbrio que você está conservando.
Esqueça o acusador; ele não conhece o seu caso desde o princípio.
Perdoe ao mau; a vida se encarregará dele.
*  *  *
André Luiz
(Mensagem retirada do livro "Agenda Cristã" psicografia de Francisco Cândido Xavier)

Lucrará Fazendo Assim

Lucrará Fazendo Assim

Reconforte o desesperado. Você não escapará as tentações do desânimo nos círculos de luta.Levante o caído. Você ignora onde seus pés tropeçaram.
Estenda a mão ao que necessita de apoio. Chegará seu dia de receber cooperação.
Ampare o doente. Sua alma não esta usando um corpo invulnerável.
Esforce-se por entender o companheiro menos esclarecido. Nem sempre você dispõe de recursos para compreender como é indispensável.
Acolha o infortunado. Nem sempre o céu estará inteiramente azul para seus olhos.
Tolere o ignorante e ajude-o. Lembre-se de que há Espíritos Sublimes que nos suportam e socorrem com heróica bondade.
Console o triste. Você não pode relacionar as surpresas da própria sorte.
Auxilie o ofensor com os seus bons pensamentos. Ele nos ensina quão agressivos e desagradáveis somos ao ferir alguém.
Seja benévolo para com os dependentes. Não se esqueça de que o próprio Cristo foi compelido a obedecer.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
32a edição. FEB, 1996.

Defenda-se


Não converta seus ouvidos num paiol de boatos.
A intriga é uma víbora que se aninhará em sua alma.Não transforme seus olhos em óculos da maledicência.
As imagens que você corromper viverão corruptas na tela se sua mente.
Não Faça de suas mãos lanças para lutar sem proveito.
Use-as na sementeira do bem.
Não menospreze sua faculdades criadoras, centralizando-as nos prazeres fáceis.
Você responderá pelo que fizer delas.
Não condene sua imaginação às excitações permanentes.
Suas criações inferiores atormentarão seu mundo íntimo.
Não conduza seus sentimentos à volúpia de sofrer.
Ensine-os a gozar o prazer de servir.
Não procure o caminho do paraíso, indicando aos outros a estrada para o inferno. A senda para o Céu será construída dentro de você mesmo.
*  *  *
André Luiz
(Mensagem retirada do livro "Agenda Cristã" psicografia de Francisco Cândido Xavier)

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Em Verdade


santo não condena o pecador. Ampara-o sem presunção.

O sábio não satiriza o ignorante. Esclarece-o fraternalmente.

O iluminado não insulta o que anda em trevas. Aclara-lhe a senda.

O orientador não acusa o aprendiz tateante. A ovelha insegura é a que mais reclama o pastor.

O bom não persegue o mau. Ajuda-o a melhorar-se.

O forte não malsina o fraco. Auxilia-o a ergue-se.

O humilde não foge ao orgulhoso. Coopera silenciosamente, em favor dele.

O sincero a ninguém perturba. Harmoniza a todos.

O simples não critica o vaidoso. Socorre-o, sem alarde, sempre que necessário.

O cristão não odeia, nem fere. Segue ao Cristo, servindo ao mundo.

De outro modo, os títulos de virtude são meras capas exteriores que o tempo desfaz.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

Aparências


Não acuse o irmão que parece mais abastado. Talvez seja simples escravo de compromissos.

Não condene o companheiro guindado à autoridade. É provável seja ele mero devedor da multidão.

Não inveje aquele que administra, enquanto você obedece. Muitas vezes, é um torturado.

Não menospreze o colega conduzido a maior destaque. A responsabilidade que lhe pesa nos ombros pode ser um tormento incessante.

Não censure a mulher que se apresenta suntuosamente. O luxo, provavelmente, lhe constitui amarga provação.

Não critique as pessoas gentis que parecem insinceras, à primeira vista. Possivelmente, estarão evitando enormes crimes ou grandes desânimos.

Não se agaste com o amigo mal-humorado. Você não lhe conhece todas as dificuldades íntimas.

Não se aborreça com a pessoa de conversação ainda fútil. Você também era assim quando lhe faltava experiência.

Não murmure contra os jovens menos responsáveis. Ajude-os, quanto estiver ao seu alcance, recordando que você já foi leviano para muita gente.

Não seja intolerante em situação alguma. O relógio bate, incessante, e você será surpreendido por inúmeros problemas difíceis em seu caminho e no caminho daqueles que você ama.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

O maior desafio

 Cada um de nós tem desafios diferentes. A vida é feita de desafios diários.
Para quem não dispõe de movimentos nas pernas, transportar-se da cama para a cadeira de rodas, a cada manhã, é um desafio.
Para quem sofreu um acidente e está reaprendendo a andar, o desafio está em apoiar-se nas barras, na sala de reabilitação, e tentar mover um pé, depois o outro.
Para quem perdeu a visão, o grande desafio é adaptar-se à nova realidade, aprendendo a ouvir, a tatear, a movimentar-se entre os obstáculos sem esbarrar. É aprender um novo alfabeto, é ler com os dedos, é adquirir nova independência de movimentos e ação.
Para o analfabeto adulto, o maior desafio é dominar aqueles sinais que significam letras, que colocados uns ao lado dos outros formam palavras, que formam frases.
É conseguir tomar o lápis e escrever o próprio nome, em letras de forma. É conseguir ler o letreiro do ônibus, identificando aquele que deverá utilizar para chegar ao seu lar.
Cada qual, dentro de sua realidade, de sua vivência, apontará o que lhe constitui o maior desafio: dominar a técnica da pintura, da escultura, da música, da dança.
Ser um ás no esporte. Ser o primeiro da classe. Passar no vestibular. Ser aprovado no concurso que lhe garantirá um emprego. Ser aceito pela sociedade. Ser amado.
Para vencer um desafio é preciso ter disciplina, ser persistente, ser diplomático, saber perdoar-se e perdoar aos outros.
É ser otimista quando os demais estão pessimistas. Ser realista quando os demais estão com os pensamentos na lua. É saber sonhar e ir em frente.
É persistir, mesmo quando ninguém consiga nos imaginar como um prêmio Nobel de Química, um pai de família, um professor,  prefeito ou programador.
Acima de tudo, o maior desafio para deficientes, negros e brancos, japoneses e americanos, brasileiros e argentinos, para todo ser humano, é fazer.
Fazer o que promete. Dar o primeiro passo, o segundo e o terceiro. Ir em frente.
Com que frequência se escutam pessoas dizendo que vão fazer regime, que vão estudar mais, que vão fazer exercício todo dia, que vão ler mais, que vão assistir menos televisão, que vão...
Falar, reclamar ou criticar são os passatempos mais populares do mundo, perdendo só, talvez, para o passatempo de culpar os outros pelo que lhe acontece.
Então, o maior desafio é fazer. E não adianta você dizer que não deu certo o que pretendia porque é cego, ou porque é negro, ou porque é amarelo, ou porque você é brasileiro. Ou porque mora numa casa amarela. Ou porque não teve tempo.
Aprenda com seus erros. Quando algo não der certo, você pode tentar de maneira diferente. Agora você já sabe que daquele jeito não dá.
Você pode treinar mais. Você pode conseguir ajuda, pode estudar mais, pode se inspirar com sábios amigos. Ou com amigos dos seus amigos.
Pode tentar novas idéias. Pode dividir seu objetivo em várias etapas e tentar uma de cada vez, em vez de tentar tudo de uma vez só.
Você pode fazer o que quiser. Só não pode é sentir pena de si mesmo. Você não pode desistir de seus sonhos.
*   *   *
Problemas são desafios. Dificuldades são testes de promoção espiritual.
Insucesso é ocorrência perfeitamente natural, que acontece a toda e qualquer criatura.
Indispensável manter o bom ânimo em qualquer lugar e posição.
O pior que pode acontecer a alguém é se entregar ao desânimo, apagando a chama íntima da fé e caminhar em plena escuridão.
Assim, confia em Deus, e, com coragem, prossegue de espírito tranquilo.
Redação do Momento Espírita, a partir de carta assinada por Fernando Botelho e endereçada
 a um cego, de nome Juliano, residente em Curitiba, e do cap. 9 da obra Convites da vida,
 psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis, ed. Leal.
Disponível no CD Momento Espírita, Coletânea v. 8 e 9, ed. Fep.
Em 04.05.2009.

E a vida continua...

Vi meu pai morrendo na minha frente e não entendi porque Deus o matou... E desse dia em diante não mais acredito em Deus.
Frases como esta são uma constante.
Quando não conseguimos entender o fenômeno da vida e da morte, revoltamo-nos contra Deus, como a criança se revolta contra a mãe quando esta a obriga a beber um remédio amargo.
A idéia falsa de um Deus perverso e caprichoso, que mata uns antes dos outros, que castiga alguns e privilegia outros, que dá a riqueza a poucos enquanto muitos vivem na miséria, é a responsável pela revolta de muitos.
Concebendo um Deus temível, possuidor de todos os vícios humanos, pensamos que esse ser invisível está sempre à espreita para nos pregar uma peça.
A nossa visão, ainda míope, no que diz respeito às leis que regem a vida, nos faz sofrer, como filhos ingratos que não compreendem as atitudes dos pais amorosos que têm como único objetivo a felicidades dos seus.
Enclausurados na concha do egoísmo, não percebemos que nossos bem-amados não são os únicos que saem de cena na vida física e só nos incomodamos com Deus quando Ele mataum dos nossos.
Indiferentes às leis que regem a matéria, não vemos que tudo o que nasce, um dia tem que morrer, ou melhor, se transformar.
E o nosso corpo físico também é matéria, e como tal tem que se dissolver um dia. Mas, quando isso acontece, esquecemos de que somos Espíritos imortais e não apenas um corpo que desaparece na poeira do chão.
Fomos feitos à imagem e semelhança de Deus e, por isso mesmo, viveremos por toda a eternidade.
O que nos tem causado insegurança é pensar que Deus é a nossa imagem e semelhança e que, portanto, é portador de todos os vícios humanos.
Somos Espíritos. E como tal somos imortais. Mas, para que atinjamos a perfeição, é preciso mergulhar na carne através da reencarnação.
Ao homem é dado morrer uma só vez, assegura o Evangelho. Ao Espírito não é possível a morte.
Um dia, num futuro ainda distante, não precisaremos mais entrar nem sair da carne, porque já teremos desenvolvido em nós a imagem e semelhança do Pai.
Jesus, após a morte do corpo, surge com toda vitalidade, em Espírito, para legar à Humanidade a certeza da Imortalidade.
Dessa forma, não nos iludamos. O túmulo não é o fim da vida. É apenas o começo de uma nova fase de aprendizado para o Espírito imperecível.
Compreendendo a sabedoria e a perfeição das Leis Divinas, mudaremos a nossa reação diante da partida de um ser querido. E diremos com segurança:
Vi meu amado deixando o corpo físico, na minha frente, e entendi porque Deus o levou... É que Deus o ama mais do que eu e o quer, por algum tempo, no mundo dos Espíritos. Desse dia em diante, espero ansioso a oportunidade de um reencontro feliz. E por esse motivo, mais acredito e confio em Deus...
*   *   *
O que chamamos morte, nada mais é do que um fenômeno biológico natural.
Seja pelo desgaste normal dos órgãos físicos ou de outra forma qualquer, todos deixaremos o corpo e voltaremos à pátria espiritual de onde partimos um dia.
Assim, tenhamos a certeza de que a separação é apenas temporária. E que, mais cedo ou mais tarde, tornaremos a reencontrar nossos amores dos quais sentimos saudades.
Redação do Momento Espírita.
Em 29.03.2010.