Aviso

Queridos irmaos o chat esta aberto a todos ...aqueles que sentirem necessidade pode la fazer sua prece individual...usem e fiquem a vontade pq a espritualidade presente ira acolher depende unicamente da fé de cada um.....
Muita paz e luz a todos

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

PROVAÇÕES: POR QUE PRECISAMOS DELAS?



PROVAÇÕES: Por que precisamos delas?

O homem representa a figura mais próxima de Deus. Ele é a mais perfeita criação que a raça humana conhece. Sua história se perde na imensidão do tempo, tornando sua evolução um mistério. Segundo Allan Kardec, todos os seres são criados simples e ignorantes e o mérito de sua evolução é pessoal, de forma que cada espírito traça seu próprio caminho. As diversas existências que o homem vive servem para testar e exercitar o aprendizado que ele foi incumbido de adquirir, em favor do seu aperfeiçoamento moral e intelectual – e, sobretudo da sua felicidade espiritual.

Em nome do progresso
A lapidação da pedra bruta, que visa se transformar em um diamante cintilante, não é fácil; Exige muito esforço, tempo e cuidado para adquirir o efeito desejado. È desta forma que podemos comparar a evolução humana, uma pedra bruta em constante lapidação, da qual quanto mais sujeira se tira, mais iluminada se torna. Como ensina Allan Kardec na classificação dos mundos, o planeta Terra está na categoria de planeta de provas e expiações, ou seja, como a própria classificação mostra, aqui é o terreno das provações. Esteja encarnado ou desencarnado, o homem é constantemente testado, quando tem oportunidade de avaliar seu desempenho perante as provas da vida. Pessoas mais sensíveis captam esta informação e a guardam como uma preciosidade, pois sabem que todas as provas da existência terrena estão condicionadas ao progresso. Aceitam com tranquilidade as dificuldades que a vida trás, sem questionar ou colocar em dúvida os desígnios de Deus. Outros, porém, veem o sofrimento como uma punição e fazem da vida um templo de lamentações.
Todos os seres humanos que habitam a Terra já passaram por mundos inferiores. Neste mundo a vida é muito mais complicada se comparadas às dificuldades encontradas por aqui. Segundo a Doutrina Espírita, a raça humana estagia através de inúmeras reencarnações adquirindo conhecimentos. Assim num futuro próximo, consegue migrar para mundos ou planos espirituais onde não sejam mais necessárias as provas para  o espírito, pois ele já estará preparado para outras etapas da evolução.

Provas e Punição
Algumas pessoas confundem provas com punição dada a “atitudes erradas” de outras existências. Pensando desta forma, entende-se que Deus é um pai severo e punitivo, que castiga seus filhos pelas travessuras aprontadas. A espiritualidade mostra que não é bem assim. Deus não pune ninguém. Apenas mostra o caminho reto; quem se desvirtua deste caminho certamente sofre as consequências de um trajeto mais difícil. Ainda assim, estes tropeços nada têm a ver com as provas reais que a vida impõe. O Espiritismo mostra que a criação de Deus passa por vários ciclos de existências. Primeiro, os reinos naturais, onde a criatura conhece os princípios básicos da criação. Quando chega à classe humana, o homem está preparado para impetrar novos valores ao seu currículo. Nesta fase despertará a razão e cada passo dado será importante para o seu aprimoramento.
Através de inúmeras existências, o ser humano vive e revive situações nas quais pode expressar sensações e emoções importantes para o seu aprimoramento, com chances de errar e aprender. Além de fazer escolhas certas e erradas; nesta etapa costuma sofrer, talvez (ou não), por ainda não entender com humildade a necessidade das dificuldades extremamente importantes para sua evolução. Estas são as provas. É como um jogo: cada fase fica mais difícil a partir do momento em que o jogador consegue passar para níveis mais avançados. Porém, como um jogador persistente, o homem pode vencer todas as fases. Como pode também estagnar e ficar anos, às vezes séculos ou milênios, na mesma etapa, lamentando-se por achar a vida muito difícil.

Uma chance a mais...
Quando se fala de provas, imagina-se uma relação de aprendizado e estudo, na qual a existência representa a sala de aula. As vicissitudes da vida são os testes, pelos quais o ser humano terá de passar. Deus, que tudo sabe e a todos vê, acompanha o desenrolar destes testes e o nosso progresso através das provações. O espírito é livre para escolher antes de reencarnar as provas que passará em vida física. Então não adianta culpar Deus ou quem quer seja pela dificuldade que passamos; certamente fomos avisados que não seria fácil. Como disse Kardec (Livro dos Espíritos – questão 843) “Sem o livre-arbítrio, o homem seria máquina”. Somos responsáveis pela nossa vitória ou nossa derrota, mas nunca devemos nos esquecer de que não nos encontramos sozinhos. Deus estará sempre do nosso lado, nos dando força e nos guiando pelo caminho certo a seguir. Basta aprender a perceber os recados que ele envia, através de diversos mensageiros. “Deus lhe supre a inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir como fazeis com a criancinha. Deixa-o, porém, pouco a pouco, à medida que o seu livre-arbítrio se desenvolve, senhor de proceder à escolha e só então é que muitas vezes lhe acontece extraviar-se, tomando o mau caminho, por desatender os conselhos dos bons espíritos. A isso é que se pode chamar a queda do homem. “(Livro dos Espíritos – questão 262).

Resgates de Débitos, Expiações e Provas.

Provas
A provação é uma experiência que o espírito passa, como um teste, para avaliar seu desempenho perante os compromissos assumidos antes de reencarnar.

Resgate
Resgates são novas oportunidades dadas aos encarnados, para que através de existência novas junto daqueles a quem contraiu débitos possa quitá-los. Reaproximam pessoas, estreita laços perdidos e faz florescer o amor, mesmo quando a relação é marcada pelo ódio e rancor.
Expiação
Expiação diz respeito às experiências que o encarnado precisa vivenciar para reparar algum erro ou atitude equivocada. Por exemplo, se o cidadão comete um roubo em determinada existência, é quase certo que, no futuro, também será roubado ou passará por privação exatamente daquele bem que ele roubou.
Em resumo, a expiação é sempre uma provação. Juntas, são colaboradoras fiéis em casos de resgates.
Se analisarmos com coerência o significado da palavra expiação, veremos que ela traduz com bastante ênfase a benção da quitação. Se uma pessoa faz algo sabendo que está errado e que, portanto, não deve ser praticado, deve responder por sua irresponsabilidade. Esse acerto de contas é importante para o espírito que, enquanto não expia seu erro, mantém-se preso a ele como uma espécie de lembrança ao erro cometido. Porém algumas pessoas se comprometem tanto com uma vida baseada em preceitos cristãos, que tornam esta quitação praticamente nula frente aos bons atos praticados, de forma que lhe é livrado o acerto. Ou seja, o débito é perdoado! Os resgates também estão relacionados a acertos de contas, porém, de forma mais sutil. É um acerto de contas através do entendimento, do perdão e do amor. Assim são os casos familiares e conjugais, cujas histórias das mais diversas formas são levadas ao âmbito familiar para o estreitamento de laços de forma fraternal.

Raphael de Assis

A renovação exige coragem e perseverança



          O trabalho de renovação das disposições íntimas vai exigir, de todo aquele que se proponha executá-lo, perseverança e determinação. Perseverança, por causa da necessidade da repetição contínua e sistemática na correção do desvio feito nos caminhos da existência, e determinação, para que não se abandone o comprometimento com essa nova atitude. 
          As ideias fantasiosas que temos sobre renovação deixam-nos manietados a outros erros, e iludidos na certeza de que a estamos realizando. Quase sempre, por desconhecimento, apenas trocamos o nome, o rótulo de antigos enganos, que insistimos em manter – nos apraz tal situação –, distorcendo o verdadeiro significado de tal fato. Esse engano, parece-nos, está ligado à noção equivocada de que estamos, realmente, comprometidos com a mudança e que a estamos realizando. Mas a verdade é que, se observarmos nossa conduta, poderemos perceber, muitas vezes, que insistimos em cometer os mesmos erros, fazendo as mesmas escolhas e guardando a certeza de que já havíamos superado essa fase. Todavia, a consciência dessa repetência permitirá que nos coloquemos em alerta, porque nos permitirá saber que, ainda, estamos no início da caminhada e distantes dessa superação. 
          As situações, nas quais somos chamados a dar testemunho daquilo que já aprendemos – e quase sempre supomos que já o fizemos –, constituem-se em  excelentes vitrines para essas observações. São armadilhas que surgem para que nos testemos, para que tenhamos um parâmetro da nossa evolução, para que possamos medir o quanto, ainda, a paciência, a tolerância com as diferenças, o entendimento fraterno a quem nos agride, a capacidade de perdoar e esquecer e tantos outros, que imaginávamos já dominar, estão longe do ideal da prática amorosa que Jesus nos ensinou. 
          São decepções que infligimos a nós mesmos e que sacodem a nossa acomodação, no pouco que fizemos, mas que supomos ser muito. É importante lembrar aqui que qualquer avanço na senda do progresso é louvável e, às vezes, requer muito esforço de quem o executa. O que não pode ocorrer é a estagnação desse movimento renovador, com a justificativa de que muito já foi feito. Isso nos desequilibra e nos adoece física e emocionalmente, permitindo que, inúmeras vezes, sejamos alvos fáceis de aproximação de outras mentes em desalinho, sejam elas encarnadas ou desencarnadas. 
          Por essa razão, a superação de sentimentos inferiores, sob o ponto de vista de Jesus, como os de revide, vingança, vaidade, personalismo, por exemplo – expressões do egoísmo na vida de relação –, é de vital importância para a recuperação e manutenção do equilíbrio e da harmonia no âmbito da vida íntima. É essa condição que nos permitirá não sermos feridos pelas correntes aflitivas e conflitantes que nos cercam, proporcionando um outro olhar sobre essas armadilhas, um olhar com objetividade, dando a cada situação o justo peso de importância. 
          Para que isso ocorra, faz-se mister buscar conhecer nossos sentimentos – raiz de nossas escolhas –, dimensioná-los, estabelecendo prioridades para serem trabalhadas, com foco nas suas transformações, partindo do mais simples e, portanto, do mais fácil – aquele mais imediato, mais próximo, que está mais claro para nós – para o mais complexo e mais difícil. 
          O mais importante nesse processo, em última análise, é ter a coragem de identificar esses sentimentos malsãos, iniciar a tarefa de renovação e, depois, permanecer nesse caminho. Passeando entre a luz e a sombra, a razão e a emoção, nunca acertaremos a rota se não nos comprometermos com a mudança e perseverar nela, mesmo que se tenha de refazer os passos mil vezes. 
          Muitos de nós creem que somente a fé em Deus seja suficiente para que essas mudanças ocorram. Entretanto, a proposta de renovação, que Jesus nos convida a realizar, transcende a simples fé divina. Ela vai além e toca na essência do Espírito, na vontade genuína de realizá-la.  Daí, a presença dessas duas forças transformadoras em nós: a fé humana e a fé divina, porque, ainda que se aceite a soberana presença de Deus em nossa vida; ainda que a fé nos leve a adorá-lO em Espírito e Verdade; ainda que a Natureza O revele através das belezas que nos cercam, se não O sentirmos e mostrarmos ao mundo, através de nossas atitudes, nada terá sentido. Aceitar a Sua presença e não vê-lO no próximo é cegueira mental; adorá-lO em Espírito e Verdade e só colocá-lO em altares terrenos é diminuir-Lhe a majestade; e vê-lO revelado em Suas obras e não entendê-lO é olhar-se no espelho e não reconhecê-lO em si mesmo. 
          É na busca dessa identidade com o Criador que reside nossa luta renovadora. “O Pai e eu somos um só”, disse Jesus, mostrando que somente pela superação de nós mesmos e da materialidade na qual insistimos em permanecer, seremos livres e nos reconheceremos, finalmente, como filhos de Deus.
LEDA MARIA FLABOREA
ledaflaborea@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

A renovação exige coragem e perseverança



          O trabalho de renovação das disposições íntimas vai exigir, de todo aquele que se proponha executá-lo, perseverança e determinação. Perseverança, por causa da necessidade da repetição contínua e sistemática na correção do desvio feito nos caminhos da existência, e determinação, para que não se abandone o comprometimento com essa nova atitude. 
          As ideias fantasiosas que temos sobre renovação deixam-nos manietados a outros erros, e iludidos na certeza de que a estamos realizando. Quase sempre, por desconhecimento, apenas trocamos o nome, o rótulo de antigos enganos, que insistimos em manter – nos apraz tal situação –, distorcendo o verdadeiro significado de tal fato. Esse engano, parece-nos, está ligado à noção equivocada de que estamos, realmente, comprometidos com a mudança e que a estamos realizando. Mas a verdade é que, se observarmos nossa conduta, poderemos perceber, muitas vezes, que insistimos em cometer os mesmos erros, fazendo as mesmas escolhas e guardando a certeza de que já havíamos superado essa fase. Todavia, a consciência dessa repetência permitirá que nos coloquemos em alerta, porque nos permitirá saber que, ainda, estamos no início da caminhada e distantes dessa superação. 
          As situações, nas quais somos chamados a dar testemunho daquilo que já aprendemos – e quase sempre supomos que já o fizemos –, constituem-se em  excelentes vitrines para essas observações. São armadilhas que surgem para que nos testemos, para que tenhamos um parâmetro da nossa evolução, para que possamos medir o quanto, ainda, a paciência, a tolerância com as diferenças, o entendimento fraterno a quem nos agride, a capacidade de perdoar e esquecer e tantos outros, que imaginávamos já dominar, estão longe do ideal da prática amorosa que Jesus nos ensinou. 
          São decepções que infligimos a nós mesmos e que sacodem a nossa acomodação, no pouco que fizemos, mas que supomos ser muito. É importante lembrar aqui que qualquer avanço na senda do progresso é louvável e, às vezes, requer muito esforço de quem o executa. O que não pode ocorrer é a estagnação desse movimento renovador, com a justificativa de que muito já foi feito. Isso nos desequilibra e nos adoece física e emocionalmente, permitindo que, inúmeras vezes, sejamos alvos fáceis de aproximação de outras mentes em desalinho, sejam elas encarnadas ou desencarnadas. 
          Por essa razão, a superação de sentimentos inferiores, sob o ponto de vista de Jesus, como os de revide, vingança, vaidade, personalismo, por exemplo – expressões do egoísmo na vida de relação –, é de vital importância para a recuperação e manutenção do equilíbrio e da harmonia no âmbito da vida íntima. É essa condição que nos permitirá não sermos feridos pelas correntes aflitivas e conflitantes que nos cercam, proporcionando um outro olhar sobre essas armadilhas, um olhar com objetividade, dando a cada situação o justo peso de importância. 
          Para que isso ocorra, faz-se mister buscar conhecer nossos sentimentos – raiz de nossas escolhas –, dimensioná-los, estabelecendo prioridades para serem trabalhadas, com foco nas suas transformações, partindo do mais simples e, portanto, do mais fácil – aquele mais imediato, mais próximo, que está mais claro para nós – para o mais complexo e mais difícil. 
          O mais importante nesse processo, em última análise, é ter a coragem de identificar esses sentimentos malsãos, iniciar a tarefa de renovação e, depois, permanecer nesse caminho. Passeando entre a luz e a sombra, a razão e a emoção, nunca acertaremos a rota se não nos comprometermos com a mudança e perseverar nela, mesmo que se tenha de refazer os passos mil vezes. 
          Muitos de nós creem que somente a fé em Deus seja suficiente para que essas mudanças ocorram. Entretanto, a proposta de renovação, que Jesus nos convida a realizar, transcende a simples fé divina. Ela vai além e toca na essência do Espírito, na vontade genuína de realizá-la.  Daí, a presença dessas duas forças transformadoras em nós: a fé humana e a fé divina, porque, ainda que se aceite a soberana presença de Deus em nossa vida; ainda que a fé nos leve a adorá-lO em Espírito e Verdade; ainda que a Natureza O revele através das belezas que nos cercam, se não O sentirmos e mostrarmos ao mundo, através de nossas atitudes, nada terá sentido. Aceitar a Sua presença e não vê-lO no próximo é cegueira mental; adorá-lO em Espírito e Verdade e só colocá-lO em altares terrenos é diminuir-Lhe a majestade; e vê-lO revelado em Suas obras e não entendê-lO é olhar-se no espelho e não reconhecê-lO em si mesmo. 
          É na busca dessa identidade com o Criador que reside nossa luta renovadora. “O Pai e eu somos um só”, disse Jesus, mostrando que somente pela superação de nós mesmos e da materialidade na qual insistimos em permanecer, seremos livres e nos reconheceremos, finalmente, como filhos de Deus.
LEDA MARIA FLABOREA
ledaflaborea@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

A renovação exige coragem e perseverança



          O trabalho de renovação das disposições íntimas vai exigir, de todo aquele que se proponha executá-lo, perseverança e determinação. Perseverança, por causa da necessidade da repetição contínua e sistemática na correção do desvio feito nos caminhos da existência, e determinação, para que não se abandone o comprometimento com essa nova atitude. 
          As ideias fantasiosas que temos sobre renovação deixam-nos manietados a outros erros, e iludidos na certeza de que a estamos realizando. Quase sempre, por desconhecimento, apenas trocamos o nome, o rótulo de antigos enganos, que insistimos em manter – nos apraz tal situação –, distorcendo o verdadeiro significado de tal fato. Esse engano, parece-nos, está ligado à noção equivocada de que estamos, realmente, comprometidos com a mudança e que a estamos realizando. Mas a verdade é que, se observarmos nossa conduta, poderemos perceber, muitas vezes, que insistimos em cometer os mesmos erros, fazendo as mesmas escolhas e guardando a certeza de que já havíamos superado essa fase. Todavia, a consciência dessa repetência permitirá que nos coloquemos em alerta, porque nos permitirá saber que, ainda, estamos no início da caminhada e distantes dessa superação. 
          As situações, nas quais somos chamados a dar testemunho daquilo que já aprendemos – e quase sempre supomos que já o fizemos –, constituem-se em  excelentes vitrines para essas observações. São armadilhas que surgem para que nos testemos, para que tenhamos um parâmetro da nossa evolução, para que possamos medir o quanto, ainda, a paciência, a tolerância com as diferenças, o entendimento fraterno a quem nos agride, a capacidade de perdoar e esquecer e tantos outros, que imaginávamos já dominar, estão longe do ideal da prática amorosa que Jesus nos ensinou. 
          São decepções que infligimos a nós mesmos e que sacodem a nossa acomodação, no pouco que fizemos, mas que supomos ser muito. É importante lembrar aqui que qualquer avanço na senda do progresso é louvável e, às vezes, requer muito esforço de quem o executa. O que não pode ocorrer é a estagnação desse movimento renovador, com a justificativa de que muito já foi feito. Isso nos desequilibra e nos adoece física e emocionalmente, permitindo que, inúmeras vezes, sejamos alvos fáceis de aproximação de outras mentes em desalinho, sejam elas encarnadas ou desencarnadas. 
          Por essa razão, a superação de sentimentos inferiores, sob o ponto de vista de Jesus, como os de revide, vingança, vaidade, personalismo, por exemplo – expressões do egoísmo na vida de relação –, é de vital importância para a recuperação e manutenção do equilíbrio e da harmonia no âmbito da vida íntima. É essa condição que nos permitirá não sermos feridos pelas correntes aflitivas e conflitantes que nos cercam, proporcionando um outro olhar sobre essas armadilhas, um olhar com objetividade, dando a cada situação o justo peso de importância. 
          Para que isso ocorra, faz-se mister buscar conhecer nossos sentimentos – raiz de nossas escolhas –, dimensioná-los, estabelecendo prioridades para serem trabalhadas, com foco nas suas transformações, partindo do mais simples e, portanto, do mais fácil – aquele mais imediato, mais próximo, que está mais claro para nós – para o mais complexo e mais difícil. 
          O mais importante nesse processo, em última análise, é ter a coragem de identificar esses sentimentos malsãos, iniciar a tarefa de renovação e, depois, permanecer nesse caminho. Passeando entre a luz e a sombra, a razão e a emoção, nunca acertaremos a rota se não nos comprometermos com a mudança e perseverar nela, mesmo que se tenha de refazer os passos mil vezes. 
          Muitos de nós creem que somente a fé em Deus seja suficiente para que essas mudanças ocorram. Entretanto, a proposta de renovação, que Jesus nos convida a realizar, transcende a simples fé divina. Ela vai além e toca na essência do Espírito, na vontade genuína de realizá-la.  Daí, a presença dessas duas forças transformadoras em nós: a fé humana e a fé divina, porque, ainda que se aceite a soberana presença de Deus em nossa vida; ainda que a fé nos leve a adorá-lO em Espírito e Verdade; ainda que a Natureza O revele através das belezas que nos cercam, se não O sentirmos e mostrarmos ao mundo, através de nossas atitudes, nada terá sentido. Aceitar a Sua presença e não vê-lO no próximo é cegueira mental; adorá-lO em Espírito e Verdade e só colocá-lO em altares terrenos é diminuir-Lhe a majestade; e vê-lO revelado em Suas obras e não entendê-lO é olhar-se no espelho e não reconhecê-lO em si mesmo. 
          É na busca dessa identidade com o Criador que reside nossa luta renovadora. “O Pai e eu somos um só”, disse Jesus, mostrando que somente pela superação de nós mesmos e da materialidade na qual insistimos em permanecer, seremos livres e nos reconheceremos, finalmente, como filhos de Deus.
LEDA MARIA FLABOREA
ledaflaborea@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

SUÍCIDIO - UMA VISÃO ESPÍRITA


Dar fim à própria vida, abrir mão de todas as possibilidades, por uma possível paz, é o caminho que muitos seguem, de forma consciente ou não; mas, ao invés de se mostrar uma solução, transforma-se num longo caminho de dor, sofrimento e libertação.

Francisco Aranda Gabilan

Matéria extraída do seu livro Entre o Pecado e a Evolução

É impressionante e até mesmo perguntas aterrador que tenhamos que chamar de “atual” o tema relativo ao suicídio, seja voluntário, seja indireto. Mas, lastimavelmente, é atual mesmo: é um mal crescente, atingindo toda humanidade.

Sua ocorrência sempre foi constante, desde o passado remoto e em todos os segmentos sociais e étnicos, até mesmo, crianças. Existem relatos de suicídios, tanto individuais, quanto coletivos, em várias culturas indígenas.

Daí a sua atualidade. Aliás, não é por outra razão que o assunto tem sido objeto de preocupação de antropólogos, sociólogos, médicos, psiquiatras, psicólogos, enfim de todos os ramos de ciência do Ser – e obviamente, dos Espíritas, sempre atentos às chagas da humanidade.

É exemplo disso o número de palestras, debates e artigos que solicitam aos espíritas sobre o assunto, incluindo o número de que sempre surgem sobre o mesmo tema. Vale dizer, numa palavra: se há perguntas, é porque o tema necessita de ampla abordagem.


1. Como os Espíritos e o Espiritismo consideram o suicídio?

R: Usando unicamente os ensinos dos Espíritos constantes da Codificação, o suicídio é tido como um crime aos olhos de Deus (Céu e Inferno, cap. 5), e que importa numa transgressão da Lei Divina (Livro dos Espíritos, pergunta 944) e constitui sempre uma falta de resignação e submissão à vontade do Criador (idem, perg. 953-a). Desse modo, “jamais o homem tem o direito de dispor da vida, porquanto só a Deus cabe retirá-lo do cativeiro da Terra, quando o julgue oportuno. O suicida é qual o prisioneiro que se evade da prisão, antes de cumprida a pena; quando preso de novo, é mais severamente tratado. O mesmo se dá com o suicida que julga escapar às misérias do presente e mergulha em desgraças maiores” (Evangelho Segundo o Espiritismo, cap XXVII, item 71)


2. Por que os Espíritos tratam desse assunto com certa constância?^

R: Primeiramente, como já afirmamos, porque ele é tema sempre atual, pois que o suicídio tem sido marca constante de nossa civilização; segundo, que é o mais importante: a doutrina dos Espíritos, tem um caráter consolador absoluto: através do fato mediúnico (no dizer do cultíssimo Herculano Pires, o fato mediúnico é literalmente uma segunda ressurreição) o espírito volta à carne, não a que deixou no túmulo, mas a do médium que lhe oferece, num gesto de amor, a oportunidade de retorno aos corações que deixou no mundo (Mediunidade, cap 5), é permitido que os próprios suicidas venham dizer-nos que eles não morreram e afirmam que não só não solucionaram o problema que os levou ao ato extremo, como ainda estão “vivos” e, de quebra, com dois problemas: o antigo e o novo, gerado pela violação das leis da Vida. Assim, o Espiritismo trabalha preventivamente para que as pessoas saibam das responsabilidades em praticar atos que possam agravar sua situação futura e não para condená-las ao martírio eterno.


3. Quais as causas que levam o Ser ao suicídio?

R: A incredulidade, a falta de fé, a dúvida, as idéias materialistas. Em suma, crer que o Nada é o futuro, como se o Nada pudesse oferecer consolação, como se fosse remédio para supostamente abreviar o sofrimento, crença que, na verdade, se constitui em covardia moral.


4. Quais as conseqüências do suicídio para o Espírito?

R: Em primeiro lugar, é preciso aclarar-se que o suicídio não apaga a falta cometida, mas, ao contrário, em vez de uma haverá duas; em segundo, que o Espírito, quando se dá conta do ato cometido, constata que nada valeu, ficando literalmente desapontado com os efeitos obtidos e que não eram os buscados, pois se certifica que a vida não se extinguiu e que continua mais real que nunca. Terceiro, e que é bastante doloroso, o suicídio agrava todos os sofrimentos: “depois de prolongados suplícios, nas regiões purgatórias, freqüentemente, após diversas tentativas frustradas de renascimento, readquirem o corpo de carne, mas transportam neles deficiências do corpo espiritual, cuja harmonia desajustaram. Nessa fase, exibem cérebros retardados ou moléstias nervosas obscuras”, segundo Emmanuel em Leis de Amor, capitulo VI.


5. Então, não há esperança de recuperação para o suicida?

R: Claro que há – total! Deus é Amor e Ele outorga a todas as Criaturas a maior expressão da Sua Bondade Infinita: a possibilidade de os Seres evoluírem sempre, incessantemente; permite que as existências se sucedam ofertando as oportunidades infinitas de reajuste e reforma; e isso é possível através do mais efetivo veiculo da Lei de Evolução: a reencarnação.

Portanto, os familiares do suicida de ontem ou de hoje não se exasperem, ao contrário, mantenham viva a esperança de que é possível a remissão das faltas e que o Pai de Misericórdia propiciará os meios de fazer com que o próprio autor do ato extremo se reconheça Espírito Eterno e indestrutível, e que a calma, a resignação e a fé serão os mais seguros preservativos contra as idéias autodestrutivas. Não será demais que se lhes repita: Deus é Bondade Infinita e, portanto, não permite que Suas Criaturas sofram indefinidamente e que esse sofrimento poderá ser abreviado mais rapidamente mercê de orações sinceras e cheias de amor de todos quantos querem que se restabeleça o Bem.

(Revista Espiritismo e Ciência 11, páginas 06-08)