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Queridos irmaos o chat esta aberto a todos ...aqueles que sentirem necessidade pode la fazer sua prece individual...usem e fiquem a vontade pq a espritualidade presente ira acolher depende unicamente da fé de cada um.....
Muita paz e luz a todos

segunda-feira, 10 de março de 2014

Hipóteses para um drama familiar


A tragédia da pequena Isabella comoveu e estarreceu o país. O que choca é que há fortes evidências de que os autores do crime foram o próprio pai e a madrasta da criança. Por que o caso provocou tamanha comoção? Porque as pessoas se identificam com aquele rostinho meigo e sorridente de uma garota que iria completar seis anos. Poderia ser nossa filha, nossa neta. A família envolvida também é muito semelhante à nossa.
Por quê? É o que todos se perguntam. Buscando entender o fato à luz da Doutrina Espírita, levantamos algumas hipóteses.
1. Inimigos reencarnados na mesma família. Nem sempre as pessoas que compõem um núcleo familiar são espíritos unidos por laços de simpatia e afinidade. Muitas vezes, inimigos de vidas passadas, que se prejudicaram mutuamente, pedem para renascer na mesma família a fim de buscar a oportunidade de reparação e a reconciliação, o que nem sempre ocorre numa primeira vez. São comuns os conflitos nesse meio familiar. Alguns não conseguem superar as divergências, e é quando ocorre o afastamento físico ou psicológico de seus membros. Em casos mais graves, o desfecho é a violência, o que corre por conta e responsabilidade do livre-arbítrio de cada um, porque ali estão todos os ingredientes necessários para o sucesso da empreitada.
Uma criança, embora a aparência de candura e fragilidade, é um espírito antigo que traz seu passado de méritos e deméritos adquiridos ao longo de várias existências. O véu do esquecimento não nos permite saber o que fomos ou fizemos, mas o passado retorna em forma de sentimentos, antipatias ou simpatias, afinidades ou antagonismos. Porém, a finalidade sempre é a harmonização do núcleo familiar, o estreitamento dos laços de afeto já existentes ou a superação da repulsa e a transformação do ódio em algo mais próximo do que seria o amor.
Quanto à menina, se não for um daqueles casos excepcionais, em que espíritos já evoluídos voltam para buscar entes queridos que se atrasaram na senda evolutiva, e, se necessário, deixam-se imolar com uma morte trágica, para despertá-los, embora não tenha reencarnado para ter uma morte como essa, trazia em sua bagagem débitos contraídos em vidas passadas e sofreu a lei de ação e reação, recebendo em si o que fez aos outros.
2. Obsessão de espíritos, que buscam se vingar de ofensas perpetradas contra eles em vidas passadas por aqueles que ora estão encarnados. Os espíritos foram as vítimas e os encarnados, os algozes, e agora a situação se inverte. Sofrem a sanha daqueles a quem prejudicaram, que buscam levá-los à ruína física e/ou moral, através de vícios e/ou crimes. Tal influência oculta não exime de culpa os encarnados que têm o livre-arbítrio de aceitar ou não as sugestões que lhe chegam via pensamento e, se as aceitam, é porque encontram ressonância em seu íntimo, devido aos seus maus pendores e também por sua invigilância e falta de cultivo de vida moral mais elevada.
3. Espíritos com diferentes graus de evolução encarnados na Terra, alguns ainda muito próximos do início da evolução. Embora a capa da civilização, neles predominam os instintos e têm a consciência embotada. Isso não os exime de culpa porque, se estão encarnados num mundo cuja humanidade, na média, já não acha mais natural atos como esse que estamos tratando, é porque têm condições de acompanhar a fase evolutiva do mundo onde encarnaram, no caso, o nosso, que é um dos mais atrasados, diga-se de passagem, e se falharam, é porque não aproveitaram a chance de progresso que lhes foi dada.
De qualquer forma, o que se percebe hoje nos dramas familiares é a ausência de Deus, ou de valores mais nobres. Quantos vivem na superficialidade, resumindo-se suas vidas em idas ao supermercado, passeios em shoppings, feriadões na praia, churrascos de fim-de-semana, cerveja e televisão. Não vai aqui qualquer crítica ao consumismo, nem muito menos ao lazer necessário para reposição de energias gastas no trabalho profissional, mas... e Deus? E a busca da espiritualidade? Não cabem em suas vidas. Quando muito contentam-se com a freqüência semanal em cultos exteriores, considerando-se quites com sua obrigação – e quantos não a consideram um sacrifício – para com Deus, nada mais exigindo de si próprios, nem sua reforma íntima, nem uma melhor convivência com os familiares difíceis, tampouco voltam os olhos às necessidades de seus irmãos em humanidade, carentes de afeto e pão.
É de um caldo desses que surge a tragédia como a que vitimou a família de Isabella.

O caso em questão é curioso pela incrível repercussão produzida, especialmente pela imprensa, enquanto assuntos muito mais significativos permanecem esquecidos por ela e por nós.
A justiça humana trabalha com evidências.
A divina, com a verdade.
Independente de ambas, os suspeitos já se encontravam condenados e prisioneiros.