Aviso

Queridos irmaos o chat esta aberto a todos ...aqueles que sentirem necessidade pode la fazer sua prece individual...usem e fiquem a vontade pq a espritualidade presente ira acolher depende unicamente da fé de cada um.....
Muita paz e luz a todos

sábado, 30 de novembro de 2013

Influência dos Espíritos sobre os acontecimentos da vida


525 Os Espíritos exercem alguma influência sobre os acontecimentos da vida?
– Certamente, uma vez que vos aconselham.
525 a Eles exercem essa influência de outro modo, além dos pensamentos que sugerem, ou seja, têm uma ação direta sobre a realização das coisas?
– Sim, mas nunca agem fora das leis da natureza.
 Imaginamos erroneamente que a ação dos Espíritos deve se manifestar somente por fenômenos extraordinários. Desejaríamos que nos viessem ajudar por milagres e nós os representamos sempre armados de uma varinha mágica. Mas não é assim; e porque sua intervenção nos é oculta, o que fazemos, embora com a sua cooperação, nos parece muito natural. Assim, por exemplo, provocarão a reunião de duas pessoas que parecerão se reencontrar por acaso; inspirarão a alguém o pensamento de passar por determinado lugar; chamarão sua atenção sobre um certo ponto, se isso deve causar o resultado que tenham em vista obter, de tal modo que o homem, acreditando seguir somente um impulso próprio, conserva sempre seu livre-arbítrio.
526 Os Espíritos, tendo ação sobre a matéria, podem provocar alguns efeitos para realizar um acontecimento? Por exemplo, um homem deve morrer: ele sobe uma escada de madeira, a escada se quebra e o homem morre; são os Espíritos que fazem quebrar a escada para realizar o destino desse homem?
– É certo que os Espíritos têm ação sobre a matéria, mas para a realização das leis da natureza e não para as anular ao fazer surgir num certo momento um acontecimento inesperado e contrário a essas leis. No exemplo apresentado, a escada se quebra porque estava gasta e fraca ou não era suficientemente forte para suportar o peso do homem. Se por expiação esse homem tivesse que morrer assim, os Espíritos lhe inspirariam o pensamento de subir nessa escada, que, por ser velha, se quebraria com seu peso, e sua morte teria lugar por efeito natural, sem que fosse necessário fazer um milagre, isto é, anulando uma lei natural de fazer quebrar uma escada boa e forte.
527 Tomemos um outro exemplo em que o estado natural da matéria não seja importante. Um homem deve morrer fulminado por um raio; ele se refugia sob uma árvore, o raio brilha, explode e o mata. Os Espíritos puderam provocar o raio e dirigi-lo até ele?
– É ainda a mesma coisa. O raio atingiu a árvore nesse momento porque estava nas leis da natureza que fosse assim; não foi dirigido para a árvore porque o homem estava debaixo dela. Ao homem, sim, foi inspirado o pensamento de se refugiar debaixo da árvore em que o raio deveria cair, porém a árvore seria atingida, estivesse o homem debaixo dela ou não.
528 Um homem mal-intencionado dispara uma arma contra outro, a bala passa de raspão e não o atinge. Um Espírito benevolente pode tê-la desviado?
– Se o indivíduo não deve ser atingido, o Espírito benevolente lhe inspirará o pensamento de se desviar ou poderá dificultar a pontaria do seu inimigo de modo a fazê-lo enxergar mal. Mas a bala, uma vez disparada, segue a linha que deve percorrer.
529 O que se deve pensar das balas encantadas de algumas lendas que atingem fatalmente um alvo?
– Pura imaginação; o homem adora o maravilhoso e não se contenta com a maravilha da natureza.
529 a Os Espíritos que dirigem os acontecimentos da vida podem ser contrariados por Espíritos que queiram o contrário?
– O que Deus quer deve acontecer; se há um atraso ou um impedimento, é por Sua vontade.
530 Os Espíritos levianos e zombeteiros podem criar pequenos embaraços que atrapalham nossos projetos e confundir nossas previsões? Em uma palavra, são autores das chamadas pequenas misérias da vida humana?
– Eles se satisfazem em causar aborrecimentos que são provas para exercitar vossa paciência, mas se cansam quando não conseguem nada. Entretanto, não seria justo nem exato acusá-los de todas as vossas decepções, de que sois os primeiros responsáveis pela vossa leviandade. Acreditai, portanto, que, se a vossa baixela de louça se quebra, é antes pela vossa falta de jeito do que por culpa dos Espíritos.
530 a Os Espíritos que provocam essas inquietações agem por conseqüência de uma animosidade pessoal ou atacam o primeiro que chega, sem motivo determinado, unicamente por malícia?
– Ambos os casos. Algumas vezes, são inimigos que fazeis durante essa vida ou em uma outra, e que vos perseguem; outras vezes, não há motivos.
531 A maldade dos que nos fizeram mal na Terra se extingue com a morte?
– Muitas vezes sim, porque reconhecem sua injustiça e o mal que fizeram. Mas freqüentemente continuam a vos perseguir com persistência, se estiver nos desígnios da Providência, para continuar a vos provar.
531 a Pode-se pôr um fim a isso? Como?
– Sim, se orar por eles e retribuir o mal com o bem, acabarão por compreender seus erros. Além disso, se vos colocardes acima de suas maquinações, eles cessarão, vendo que nada ganham com isso.
 A experiência demonstra que alguns Espíritos prosseguem sua vingança de uma existência a outra, e que assim expiam, cedo ou tarde, os males que se pode ter feito a alguém.
532 Os Espíritos têm o poder de afastar os males sobre algumas pessoas e de atrair para elas a prosperidade?
– Não completamente. Há males que estão nos desígnios da Providência, mas amenizam vossas dores ao vos dar a paciência e a resignação.
Deveis prestar atenção porque depende muitas vezes de vós afastar esses males ou pelo menos atenuá-los. Deus vos deu a inteligência para vos servirdes dela e é principalmente por meio dela que os Espíritos vêm vos ajudar ao sugerir pensamentos benéficos; mas apenas assistem àqueles que sabem ajudar-se a si mesmos. É o sentido destas palavras: “Procurai e encontrareis, batei e se vos abrirá”.
Sabei ainda: o que parece um mal nem sempre é. Freqüentemente, do mal que vos aflige sairá um bem muito maior. É o que não compreendereis, enquanto pensardes somente no momento presente ou em vós mesmos.
533 Os Espíritos podem fazer obter a riqueza, se para isso são solicitados?
– Algumas vezes como prova, mas, freqüentemente, recusam, como se recusa a uma criança a satisfação de um pedido absurdo.
533 a Quando atendem, são os bons ou os maus Espíritos que concedem esses favores?
– Ambos; isso depende da intenção. Na maioria das vezes são Espíritos que querem vos conduzir ao mal e que encontram um meio fácil de o conseguir nos prazeres que a riqueza proporciona.
534 Quando sentimos obstáculos fatais em oposição aos nossos projetos, seria pela influência de algum Espírito?
– Algumas vezes, são os Espíritos. Outras, na maioria delas, é que escolhestes mal a elaboração e execução do projeto. A posição e o caráter influem muito. Se insistis num caminho que não é o vosso, não é devido aos Espíritos: é que sois vosso próprio mau gênio.
535 Quando alguma coisa feliz nos acontece, é a nosso Espírito protetor que devemos agradecer?
– Agradecei a Deus, sem cuja permissão nada se faz; depois, aos bons Espíritos, que são seus agentes.
535 a O que acontece quando não agradecemos?
– O que acontece aos ingratos.
535 b Entretanto, há pessoas que não oram nem agradecem e para as quais tudo dá certo!
– Sim, mas é preciso ver o final. Pagarão bem caro essa felicidade passageira que não merecem, já que, quanto mais tiverem recebido, mais contas terão que prestar.

Ação dos Espíritos sobre os fenômenos da natureza

536 Os grandes fenômenos da Natureza, aqueles que são considerados como uma perturbação dos elementos, são de causas imprevistas ou, ao contrário, são providenciais?
– Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus.
536 a Esses fenômenos sempre têm o homem como objetivo?
– Algumas vezes têm uma razão de ser direta para o homem. Entretanto, na maioria dos casos, têm por objetivo o restabelecimento do equilíbrio e da harmonia das forças físicas da natureza.
536 b Concebemos perfeitamente que a vontade de Deus seja a causa primária nisso como em todas as coisas, mas, como sabemos que os Espíritos têm uma ação sobre a matéria e que são os agentes da vontade de Deus, perguntamos: alguns dentre eles não exercem uma influência sobre os elementos para os agitar, acalmar ou dirigir?
– Mas é evidente que exercem e não pode ser de outro modo. Deus não exerce ação direta sobre a matéria; ele tem agentes devotados em todos os graus da escala dos mundos.
537 A mitologia dos antigos é inteiramente fundada sobre as idéias espíritas, com a diferença de que consideravam os Espíritos divindades. Representavam esses deuses ou Espíritos com atribuições especiais: assim, uns eram encarregados dos ventos, outros do raio, outros de presidir a vegetação, etc; essa crença é totalmente destituída de fundamento?
– Ela é tão pouco destituída de fundamento que ainda está muito aquém da verdade.
537 a Pela mesma razão, poderia haver Espíritos vivendo no interior da Terra e dirigindo os fenômenos geológicos?
– Evidentemente esses Espíritos não habitam exatamente o interior da Terra, mas presidem e dirigem os fenômenos de acordo com suas atribuições. Um dia, tereis a explicação de todos esses fenômenos e os compreendereis melhor.
538 Os Espíritos que dirigem os fenômenos da natureza formam uma categoria especial no mundo espírita? São seres à parte ou Espíritos que estiveram encarnados como nós?
– Que estiveram ou que estarão.
538 a Esses Espíritos pertencem às ordens superiores ou inferiores da hierarquia espírita?
– Isso é conforme seja mais ou menos material ou inteligente o papel que desempenham. Uns comandam, outros executam. Aqueles que executam as coisas materiais são sempre de uma ordem inferior, entre os Espíritos como entre os homens.
539 Na produção de alguns fenômenos, as tempestades por exemplo, é um Espírito que age, ou se reúnem em massa?
– Em massas inumeráveis.
540 Os Espíritos que exercem ação sobre os fenômenos da natureza agem com conhecimento de causa, pelo seu livre-arbítrio, ou por um impulso instintivo ou irrefletido?
– Uns sim, outros não. Façamos uma comparação: imaginai essas imensidades de animais que pouco a pouco fazem sair do mar as ilhas e os arquipélagos, acreditais que não há nisso um objetivo providencial e que essa transformação da superfície do globo não seja necessária para a harmonia geral? Esses são apenas animais da última ordem que realizam essas coisas para proverem suas necessidades e sem desconfiarem que são os instrumentos de Deus. Pois bem! Do mesmo modo, os Espíritos mais atrasados são úteis ao conjunto; enquanto ensaiam para a vida e antes de ter plena consciência de seus atos e seu livre-arbítrio, agem sobre alguns fenômenos dos quais são agentes inconscientes. Executam primeiro; mais tarde, quando sua inteligência estiver mais desenvolvida, comandarão e dirigirão as coisas do mundo material; mais tarde ainda, poderão dirigir as coisas do mundo moral. É assim que tudo serve, tudo se encaixa na natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo que começou pelo átomo; admirável lei de harmonia da qual vosso Espírito limitado ainda não pode entender o conjunto.

Os Espíritos durante os combates

541 Durante uma batalha há Espíritos que assistem e sustentam cada lado?
– Sim, e que estimulam a coragem de ambos os lados.
 Os antigos representavam os deuses tomando partido por este ou aquele povo. Esses deuses eram simplesmente Espíritos representados sob figuras alegóricas.
542 Numa guerra, a justiça está sempre de um lado; como é que os Espíritos tomam partido por aquele que errou?
– Sabeis bem que há Espíritos que procuram apenas discórdia e destruição; para eles, guerra é guerra: a justiça da causa pouco os preocupa.
543 Alguns Espíritos podem influenciar o general na concepção dos seus planos de campanha?
– Sem dúvida nenhuma. Os Espíritos podem influenciar nesse sentido, como em todas as concepções.
544 Os maus Espíritos poderiam inspirar a um general um plano errôneo para levá-lo à derrota?
– Sim; mas ele não tem seu livre-arbítrio? Se seu julgamento não permite distinguir uma idéia justa de uma falsa, sofrerá as conseqüências disso, e faria melhor obedecer do que comandar.
545 O general pode, algumas vezes, ser guiado por uma espécie de segunda vista, uma vista intuitiva que lhe mostra antecipadamente o resultado de sua estratégia?
– É muitas vezes assim que ocorre com o homem de gênio. É o que ele chama inspiração e faz com que aja com uma espécie de certeza. Essa inspiração vem dos Espíritos que o dirigem e se servem das faculdades de que é dotado.
546 No tumulto do combate, o que acontece com os Espíritos que morrem? Ainda se interessam pela luta após a morte?
– Alguns se interessam; outros se afastam.
 Nos combates, acontece o que ocorre em todos os casos de morte violenta; no primeiro momento o Espírito fica surpreso e atordoado e não acredita estar morto, ainda pensa tomar parte na ação; é somente pouco a pouco que a realidade aparece.
547 Após a morte, os Espíritos que se combatiam enquanto vivos se reconhecem por inimigos e ainda lutam uns contra os outros?
– O Espírito nessas horas nunca está calmo; no primeiro momento ainda pode odiar seu inimigo e até mesmo persegui-lo, mas quando as idéias lhe retornam vê que seu ódio não tem mais objetivo; entretanto, ainda pode conservar traços dessas idéias mais ou menos fortes, conforme seu caráter.
547 a Percebe ainda o rumor da batalha?
– Sim, perfeitamente.
548 O Espírito que assiste com sangue-frio a um combate, como espectador, testemunha a separação da alma e do corpo. Como esse fenômeno se apresenta a ele?
– Há poucas mortes instantâneas. Quase sempre, o Espírito cujo corpo vem a ser mortalmente ferido não tem consciência disso no momento. Quando começa a reconhecer sua condição é que pode distinguir o Espírito a mover-se ao lado do cadáver; isso parece tão natural que a visão do corpo morto não lhe causa nenhum efeito desagradável. Como a essência da vida está toda concentrada no Espírito, só ele atrai a atenção; é com ele que conversa, ou a ele que se dirige.

Pactos

549 Há alguma coisa de verdadeiro nos pactos com maus Espíritos?
– Não, não há pactos. O que há é uma má natureza que simpatiza com os maus Espíritos. Por exemplo: quereis atormentar vosso vizinho e não sabeis como fazê-lo; então, chamais os Espíritos inferiores que, como vós, querem apenas o mal. E para vos ajudar querem também ser servidos nos seus maus propósitos. Mas não se segue daí que vosso vizinho não possa se livrar deles por meio de uma ação contrária e por sua vontade. Aquele que quer cometer uma má ação atrai, pelo simples fato de querer, os maus Espíritos para o auxiliar; então, fica obrigado a servi-los por sua vez, porque eles também têm necessidade dele para o mal que queiram fazer. É somente nisso que consiste o pacto.
 A dependência em que o homem se encontra, algumas vezes, em relação aos Espíritos inferiores provém de se entregar aos maus pensamentos que são sugeridos e não de quaisquer propostas aceitas de ambas as partes. O pacto em seu sentido comum ligado à essa palavra é uma alegoria que representa uma criatura de natureza má que simpatiza com os Espíritos maldosos.
550 Qual o sentido das lendas fantásticas em que os indivíduos teriam vendido sua alma a Satanás para obter favores?
– Todas as fábulas encerram um ensinamento e um sentido moral. O erro é tomá-las ao pé da letra. Essa é uma lenda que se pode explicar assim: aquele que chama em sua ajuda os Espíritos para obter os dons da riqueza ou qualquer outro favor rebela-se contra a Providência, renuncia à missão que recebeu e às provas por que precisa passar na Terra e sofrerá as conseqüências na vida futura. Isso não significa que sua alma esteja sempre condenada ao sofrimento. Mas, se em vez de se libertar da matéria, a ela se liga cada vez mais, o que foi para ele uma alegria na Terra não o será no mundo dos Espíritos até que tenha resgatado a sua falta por novas provas, talvez maiores e mais difíceis. Por seu apego aos prazeres materiais, coloca-se sob a dependência dos Espíritos impuros. Fica assim estabelecido entre ambos um pacto tácito que o conduz à perdição, mas que é sempre fácil de romper com a assistência dos bons Espíritos, se para isso tiver vontade firme.

Poder oculto. Talismãs. Feiticeiros

551 Pode um homem mau, com a ajuda de um mau Espírito que lhe é devotado, fazer o mal a seu próximo?
– Não. A Lei de Deus não o permite.
552 O que pensar da crença no poder que certas pessoas teriam de enfeitiçar?
– Algumas pessoas têm um poder magnético muito grande do qual podem fazer mau uso se seu próprio Espírito é mau e, nesse caso, podem ser ajudadas por outros maus Espíritos. Entretanto, não acrediteis nesse pretenso poder mágico que está apenas na imaginação das pessoas supersticiosas, ignorantes das verdadeiras leis da natureza. Os fatos que citam para comprovar o seu poder são fatos naturais mal observados e, principalmente, mal compreendidos.
553 Qual pode ser o efeito das fórmulas e práticas com que algumas pessoas pretendem dispor da cooperação dos Espíritos?
– É o efeito de torná-las ridículas se forem pessoas de boa-fé. Caso contrário, são patifes que merecem castigo. Todas as fórmulas são enganosas; não há nenhuma palavra sacramental, nenhum sinal cabalístico, nenhum talismã que tenha qualquer ação sobre os Espíritos, porque eles são atraídos somente pelo pensamento e não pelas coisas materiais.
553 a Alguns Espíritos não têm, às vezes, ditado fórmulas cabalísticas?
– Sim, há Espíritos que indicam sinais, palavras esquisitas ou prescrevem alguns atos com a ajuda dos quais fazeis o que chamais de tramas secretas; mas ficais bem certos: são Espíritos que zombam e abusam de vossa credulidade.
554 Aquele que, errado ou certo, tem confiança no que chama virtude de um talismã, não pode por essa própria confiança atrair um Espírito, já que é o pensamento que age? O talismã não será apenas um sinal que ajuda a dirigir o pensamento?
– É verdade; mas a natureza do Espírito atraído depende da pureza da intenção e da elevação dos sentimentos; portanto, devemos crer que aquele que é tão simples para acreditar na virtude de um talismã não tenha um objetivo mais material do que moral. Além do mais, em todos os casos, isso indica uma inferioridade e fraqueza de idéias que o expõem aos Espíritos imperfeitos e zombeteiros.
555 Que sentido se deve dar à qualificação de feiticeiro?
– Aqueles que chamais feiticeiros são pessoas, quando de boa-fé, dotadas de algumas faculdades, como o poder magnético ou a dupla vista. Então, como fazem coisas que não compreendeis, acreditais que são dotados de um poder sobrenatural. Vossos sábios, freqüentemente, têm passado por feiticeiros aos olhos das pessoas ignorantes.
 O Espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma multidão de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu uma infinidade de fábulas em que os fatos são exagerados pela imaginação. O conhecimento esclarecido dessas duas ciências, que por assim dizer são apenas uma, mostrando a realidade das coisas e sua verdadeira causa, é a melhor defesa contra as idéias supersticiosas, porque mostra o que é possível e o que é impossível, o que está nas leis da natureza e o que é apenas uma crença ridícula.
556 Algumas pessoas têm verdadeiramente o dom de curar pelo simples toque?
– O poder magnético pode chegar a esse ponto quando se alia à pureza dos sentimentos e um ardente desejo de fazer o bem, porque os bons Espíritos vêm em sua ajuda, mas é preciso desconfiar da maneira como as coisas são contadas por pessoas muito crédulas ou entusiasmadas, sempre dispostas a ver o maravilhoso nas coisas mais simples e naturais. É preciso, também, desconfiar das narrações interesseiras das pessoas que exploram a credulidade em seu proveito.

Bênção e maldição

557 A bênção e a maldição podem atrair o bem e o mal sobre aqueles em quem são lançadas?
– Deus não escuta uma maldição injusta e aquele que a pronuncia é culpado a seus olhos. Como temos os dois opostos, o bem e o mal, ela pode ter uma influência momentânea, até mesmo sobre a matéria; mas essa influência ocorre apenas pela vontade de Deus e como acréscimo de prova para aquele que dela é objeto. Além disso, muitas vezes, se maldizem os maus e se abençoam os bons. A bênção e a maldição não podem nunca desviar a Providência do caminho da justiça e nunca atinge o maldito senão quando é mau. A sua proteção cobre apenas aquele que a merece.

  1. Convulsivo: a convulsão se caracteriza pela contração repentina e continuada dos músculos, com dores. Os que as sofrem podem perder momentaneamente a noção das coisas. É conhecida pelo nome de espasmo (N. E.).
  2. Lares e Penates: deuses domésticos entre os romanos e pagãos (N. E.).