E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. (Paulo) O amor nem sempre pode ser encontrado onde parece estar, mas podemos topar com ele onde menos imaginamos. Um exemplo vai deixar isto mais claro. Vemos o trabalho assistencial, geralmente, como sendo inspirado pelo amor. E há aqueles que o são, sem dúvida! Entretanto, algumas vezes, seus idealizadores partem, o tempo passa e, o que se tem? Um grupo de pessoas desenvolvendo uma tarefa meritória, acreditando praticar a caridade, mas sem o sentimento que a torna legítima expressão do ensinamento do Mestre Jesus: o Amor. Fazem o bem? Sim. Mas há uma enorme distância entre fazer o bem e amar. Quantas vezes, vemos o bem ser feito sem envolvimento, sem carinho, sem um mínimo de compaixão! Trabalha-se arduamente, porém transforma-se a assistência social numa fuga de problemas ou de convívio com a família, num meio de aliviar a consciência culpada ou até de reduzir a conta das encarnações passadas. Isto nada tem a ver com amor, muito embora, para quem olhe de longe, possa parecer... O Amor não está nas coisas que nós entregamos sem, sequer, olhar no rosto daquele que está recebendo. É conveniente lembrar, nestas ocasiões, que todos nós somos necessitados de algo, em algum momento de nossas vidas, e o fato de alguém estar nos dando a chance de prestar-lhe um socorro material não significa que não tenhamos carências muito mais difíceis de serem resolvidas. Agora, se quisermos, podemos colocar Amor em tudo o que fazemos, num lanche para os amigos, numa viagem de ônibus entre a casa e o emprego, ao atender à porta, na atitude de ouvir o outro. O Amor cabe em qualquer lugar... Vejamos Jesus, o maior exemplo de Amor de um ser humano sobre a Terra: quantas vezes o Evangelho nos apresenta Jesus entregando um bem material a alguém? E será que Ele não nos deu algo muito maior? Rita Foelker |
