Aviso

Queridos irmaos o chat esta aberto a todos ...aqueles que sentirem necessidade pode la fazer sua prece individual...usem e fiquem a vontade pq a espritualidade presente ira acolher depende unicamente da fé de cada um.....
Muita paz e luz a todos

terça-feira, 22 de outubro de 2013

DEVER CRISTÃO



Rossi e Alves eram diretores de conhecido templo espírita e davam-se muito bem na vida particular.
Afinidade profunda. Amizade recíproca. Sempre juntos nas boas obras, integravam-se perfeitamente
no programa do bem.
Alves, com desapontamento, passou a saber que Rossi, nas três noites da semana sem atividades
doutrinárias,  era  visto  penetrando a  porta  de uma casa evidentemente suspeita,  lugar tristemente
adornado para encontros clandestinos de casais transviados.
Persistindo semelhante situação por mais de um mês, Alves, certa noite, informado de que o amigo
entrara na casa referida, veio esperá-lo à saída.
Dez, onze, meia-noite...
Alguns minutos depois de zero hora, Rossi saiu calmo e o amigo abordou-º
- Meu caro – advertiu Alves, sisudo _, não posso vê-lo reiteradamente neste lugar. Você é casado,
pai de família e, além de tudo, carrega nos ombros a responsabilidade de mentor em nossa Casa.
Nada  podemos condenar, mas você não ignora que álcool e entorpecentes, aí dentro, andam em
bica...
Rossi coçou a cabeça num gesto característico e observou:
- Não há nada. Estou apenas cumprindo um dever cristão.
- Dever cristão?
- Sim, a filha de um dos meus melhores amigos está freqüentando este circulo. Jovem inexperiente.
Ave desprevenida em furna de lobos. Enganada por lamentável explorador de meninas, acreditou
nele... Mas a batalha está quase ganha. Convidei-a a pensar. Há mais de um mês prossegue a luta.
Hoje,  porém,  viu  com  os  próprios  olhos  o  logro  de  que  é  vítima.  Acredito  que  amanhã  surgirá
renovada...
E ante os olhos desconfiados do amigo:
- Você sabe. É preciso agir, sem rumor, sem escândalo. Quem sabe? Talvez em futuro próximo a
invigilante pequena possa encontrar companheiro digno. E ser mãe respeitada.
Alves riu-se às pampas, de maneira escarninha, e falou:
- Vou ver se é verdade.
- Não, não! Não vá! – pediu Rossi, em suplica ansiosa.
- Tem medo de ser apanhado em mentira? – disse Alves, com a suspeita no rosto.
E  sem  mais  nem  menos  entrou  casa  adentro  encontrando,  num pequeno  salão, sua própria  filha
chorando ao pé de um cavalheiro desconhecido...

fonte retirado do livro :FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER 
WALDO VIEIRA 
A VIDA 
ESCREVE
PELO ESPÍRITO HILÁRIO SILVA