Aviso

Queridos irmaos o chat esta aberto a todos ...aqueles que sentirem necessidade pode la fazer sua prece individual...usem e fiquem a vontade pq a espritualidade presente ira acolher depende unicamente da fé de cada um.....
Muita paz e luz a todos

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Intervenção dos espíritos no mundo corporal



O Livro dos Espíritos

Parte Segunda – Capítulo 9

Intervenção dos espíritos no mundo corporal

Como os Espíritos podem penetrar nossos pensamentos – Influência oculta dos Espíritos sobre nossos pensamentos e nossas ações – Possessos – Convulsivos – Afeição dos Espíritos por certas pessoas – Anjos de guarda; Espíritos protetores, familiares ou simpáticos – Pressentimentos – Influência dos Espíritos sobre os acontecimentos da vida – Ação dos Espíritos sobre os fenômenos da natureza – Os Espíritos durante os combates – Pactos – Poder oculto. Talismãs. Feiticeiros – Bênção e maldição

Como os Espíritos podem penetrar nossos pensamentos

456 Os Espíritos vêem tudo o que fazemos?
– Eles podem ver, porque vos rodeiam incessantemente. Cada um vê apenas as coisas sobre as quais dirige sua atenção. Não se preocupam com o que lhes é indiferente.
457 Os Espíritos podem conhecer nossos mais secretos pensamentos?
– Freqüentemente conhecem o que gostaríeis de esconder de vós mesmos. Nem atos, nem pensamentos lhes podem ser ocultados.
457 a Assim, é mais fácil esconder uma coisa de uma pessoa viva do que fazer isso a essa mesma pessoa após a morte?
– Certamente, e, quando acreditais estarem bem escondidos, tendes muitas vezes uma multidão de Espíritos ao vosso lado que vos observam.
458 O que pensam de nós os Espíritos que estão ao nosso redor e nos observam?
– Isso depende. Os Espíritos levianos riem dos pequenos aborrecimentos que vos causam e zombam de vossas impaciências. Os Espíritos sérios lamentam vossos defeitos e se empenham em vos ajudar.

Influência oculta dos Espíritos sobre nossos pensamentos e nossas ações

459 Os Espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações?
– A esse respeito, sua influência é maior do que podeis imaginar. Muitas vezes são eles que vos dirigem.
460 Temos pensamentos próprios e outros que são sugeridos?
– Vossa alma é um Espírito que pensa; não ignorais que muitos pensamentos vos ocorrem às vezes ao mesmo tempo sobre um mesmo assunto e freqüentemente bastante contrários uns aos outros; pois bem, nesses pensamentos há sempre os vossos e os nossos. Isso vos coloca na incerteza, porque, então, tendes duas idéias que se combatem.
461 Como distinguir os pensamentos próprios daqueles que são sugeridos?
– Quando um pensamento é sugerido, é como uma voz falando. Os pensamentos próprios são em geral os do primeiro momento. Além de tudo, não há para vós um grande interesse nessa distinção e muitas vezes é útil não sabê-lo: o homem age mais livremente. Se decidir pelo bem, o faz voluntariamente; se tomar o mau caminho, há nisso apenas maior responsabilidade.
462 Os homens de inteligência e de gênio tiram suas idéias de sua natureza íntima?
– Algumas vezes as idéias vêm de seu próprio Espírito, mas freqüentemente são sugeridas por outros Espíritos que os julgam capazes de compreendê-las e dignos de transmiti-las. Quando não as encontram em si, apelam à inspiração. Fazem, assim, uma evocação sem o suspeitar.
 Se nos fosse útil distinguir claramente nossos próprios pensamentos dos que nos são sugeridos, Deus nos teria dado o meio de o fazer, como nos deu o de distinguir o dia da noite. Quando uma coisa é vaga, é porque convém que assim seja.
463 Diz-se, a respeito do pensamento, que o primeiro impulso é sempre bom; isso é exato?
– Pode ser bom ou mau, de acordo com a natureza do Espírito encarnado que o recebe. É sempre bom para aquele que ouve as boas inspirações.
464 Como distinguir se um pensamento sugerido vem de um bom ou de um mau Espírito?
– Estudai o caso. Os bons Espíritos apenas aconselham o bem; cabe a vós fazer a distinção.
465 Com que objetivo os Espíritos imperfeitos nos conduzem ao mal?
– Para vos fazer sofrer como eles.
465 a Isso diminui seus sofrimentos?
– Não, mas fazem isso por inveja, por saber que há seres mais felizes.
465 b Que natureza de sofrimentos querem impor aos outros?
– Os mesmos que sentem os Espíritos inferiores afastados de Deus.
466 Por que Deus permite que Espíritos nos excitem ao mal?
– Os Espíritos imperfeitos são instrumentos que servem para pôr à prova a fé e a constância dos homens na prática do bem. Vós, como Espíritos, deveis progredir na ciência do infinito, e por isso passais pelas provas do mal para atingir o bem. Nossa missão é vos colocar no bom caminho e, quando as más influências agem sobre vós, é que as atraístes pelo desejo do mal, porque os Espíritos inferiores vêm vos auxiliar no mal, quando tendes a vontade de praticá-lo; eles não podem vos ajudar no mal senão quando quereis o mal.
Se sois inclinados ao homicídio, pois bem! Tereis uma multidão de Espíritos que alimentarão esse pensamento em vós. Mas tereis também outros Espíritos que se empenharão para vos influenciar ao bem, o que faz restabelecer o equilíbrio e vos deixa o comando dos vossos atos.
 É assim que Deus deixa à nossa consciência a escolha do caminho que devemos seguir e a liberdade de ceder a uma ou outra das influências contrárias que se exercem sobre nós.
467 Pode o homem se libertar da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?
– Sim, porque apenas se ligam àqueles que os solicitam por seus desejos ou os atraem pelos seus pensamentos.
468 Os Espíritos cuja influência é repelida pela vontade do homem renunciam às suas tentativas?
– O que quereis que façam? Quando não há nada a fazer, desistem da tentativa; entretanto, aguardam o momento favorável, como o gato espreita o rato.
469 Como se pode neutralizar a influência dos maus Espíritos?
– Fazendo o bem e colocando toda a confiança em Deus, repelis a influência dos Espíritos inferiores e anulais o domínio que querem ter sobre vós. Evitai escutar as sugestões dos Espíritos que vos inspiram maus pensamentos, sopram a discórdia e excitam todas as más paixões. Desconfiai, especialmente, daqueles que exaltam o vosso orgulho, porque vos conquistam pela fraqueza. Eis por que Jesus nos ensinou a dizer na oração dominical: “Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal!”
470 Os Espíritos que procuram nos induzir ao mal e colocam assim à prova nossa firmeza no bem receberam a missão de fazê-lo? E se é uma missão, têm responsabilidade por isso?
– Nenhum Espírito recebe a missão de fazer o mal. Quando o faz, é de sua própria vontade e sofre as conseqüências. Deus pode deixá-lo fazer isso para vos pôr à prova, mas não ordena que o faça, e cabe a vós rejeitá-lo.
471 Quando experimentamos um sentimento de angústia, de ansiedade indefinível ou de satisfação interior sem causa conhecida, isso decorre unicamente de uma disposição física?
– São quase sempre, de fato, comunicações que tendes inconscientemente com os Espíritos, ou que tivestes com eles durante o sono.
472 Os Espíritos que querem nos induzir ao mal apenas se aproveitam das circunstâncias ou podem também criá-las?
– Aproveitam as circunstâncias, mas freqüentemente as provocam, oferecendo-vos ou levando-vos inconscientemente ao objeto de vossa cobiça. Assim, por exemplo, um homem encontra no caminho uma quantia de dinheiro; não acrediteis que os Espíritos levaram o dinheiro para esse lugar, mas podem dar ao homem o pensamento de se dirigir a esse ponto e, então, sugerir o pensamento de se apoderar dele, enquanto outros lhe sugerem o de restituir o dinheiro a quem pertence. O mesmo acontece com todas as outras tentações.

Possessos

473 Um Espírito pode momentaneamente entrar no corpo de uma pessoa viva, isto é, se introduzir num corpo animado e agir no lugar daquele que está encarnado?
– O Espírito não entra num corpo como entrais numa casa. Ele se identifica com um Espírito encarnado que tem os mesmos defeitos e as mesmas qualidades para agir conjuntamente; mas é sempre o Espírito encarnado que age como quer, sobre a matéria em que está. Um Espírito não pode substituir o que está encarnado, porque o Espírito e o corpo estão ligados até o tempo marcado para o fim da existência material.
474 Se não há possessão propriamente dita, ou seja, coabitação de dois Espíritos num mesmo corpo, a alma pode se encontrar na dependência de outro Espírito, de maneira a estar por ele subjugada ou obsediada, a ponto de sua vontade ficar, de algum modo, paralisada?
– Sim, e esses são os verdadeiros possessos. Mas é preciso entender que essa dominação nunca ocorre sem a participação daquele que a sofre, seja por sua fraqueza, seja por seu desejo. Têm-se tomado freqüentemente por possessos os epilépticos ou os loucos, que têm mais necessidade de médico do que de exorcismo.
 A palavra possesso, na sua significação comum, supõe a existência de demônios, ou seja, de uma categoria de seres de natureza má, e a coabitação de um desses seres com a alma no corpo de um indivíduo. Uma vez que não existem demônios nesse sentido e que dois Espíritos não podem habitar simultaneamente o mesmo corpo, não existem possessos de acordo com a significação dada a essa palavra. A palavra possesso deve ser entendida como sendo a dependência absoluta em que a alma pode se encontrar em relação a Espíritos imperfeitos exercendo sobre ela o seu domínio.
475 Pode-se por si mesmo afastar os maus Espíritos e se libertar de sua dominação?
– Sempre se pode libertar de um domínio quando se tem vontade firme.
476 Poderá acontecer que a fascinação exercida pelo mau Espírito seja tal que a pessoa subjugada não se aperceba disso? Então, uma terceira pessoa pode fazer cessar essa influência e, nesse caso, que condições ela deve ter?
– Se é um homem de bem, sua vontade pode ajudar ao pedir a cooperação dos bons Espíritos, porque quanto mais se é um homem de bem, mais se tem poder sobre os Espíritos imperfeitos para afastá-los e sobre os bons Espíritos para atraí-los. Entretanto, resultará inútil qualquer tentativa se aquele que está subjugado não consentir nisso. Há pessoas que gostam de sentir uma dependência que satisfaça seus gostos e seus desejos. Em qualquer caso, aquele cujo coração não é puro não pode fazer nada; os bons Espíritos o desprezam e os maus não o temem.
477 As fórmulas de exorcismo têm alguma eficácia sobre os maus Espíritos?
– Não; quando esses Espíritos vêem alguém levá-las a sério, riem e se tornam birrentos, teimosos.
478 Existem pessoas que, embora tenham boas intenções, não são menos obsediadas; qual o melhor meio de se livrar dos Espíritos obsessores?
– Cansar sua paciência, não ligar para suas sugestões, mostrar-lhes que perdem seu tempo; então, quando vêem que nada mais têm a fazer, se afastam.
479 A prece é um meio eficaz para curar a obsessão?
– A prece é em tudo um poderoso auxílio. Mas, acreditai, não basta murmurar algumas palavras para obter o que se deseja. Deus assiste aqueles que agem e não aqueles que se limitam a pedir. É preciso que o obsediado faça, por seu lado, o necessário para destruir em si mesmo a causa que atrai os maus Espíritos.
480 O que pensar da expulsão dos demônios de que fala o Evangelho?
– Isso depende da interpretação. Se chamais de demônio um Espírito mau que subjuga um indivíduo, quando sua influência for destruída terá sido verdadeiramente expulso. Se atribuís a causa de uma doença ao demônio, quando curardes a doença também direis que expulsastes o demônio. Uma coisa pode ser verdadeira ou falsa de acordo com o sentido que se der às palavras. As maiores verdades podem parecer absurdas quando se olha apenas a forma e se toma a alegoria pela realidade. Compreendei bem isso e guardai-o: é de aplicação geral.

Convulsivos1

481 Os Espíritos exercem alguma atuação nos fenômenos que se produzem nos indivíduos chamados convulsivos?
– Sim, e muito grande, bem como o magnetismo, que é a causa desses fenômenos. Porém, o charlatanismo tem freqüentemente explorado e exagerado seus efeitos, o que os faz cair no ridículo.
481 a De que natureza são, em geral, os Espíritos que provocam esses fenômenos?
– Pouco elevada. Julgais que Espíritos superiores se ocupem com coisas dessa natureza?
482 Como o estado anormal dos convulsivos e dos que têm crises nervosas pode se estender subitamente a toda uma população?
– Por afinidade. As disposições morais se comunicam muito facilmente em certos casos; não estais tão alheios aos efeitos magnéticos para não compreenderdes isso e a parte que alguns Espíritos devem nele tomar, por simpatia, com aqueles que os provocam.
 Entre as faculdades especiais que se notam entre os convulsivos reconhecem-se sem dificuldade as que no sonambulismo e magnetismo oferecem numerosos exemplos: são, entre outras, a insensibilidade física, a leitura do pensamento, a transmissão, por simpatia ou afinidade, das dores, etc. Não se pode duvidar que os que sofrem de crises não estejam num estado de sonambulismo acordado, provocado pela influência que exercem uns sobre os outros. São ao mesmo tempo magnetizadores e magnetizados sem o saberem.
483 Qual a causa da insensibilidade física que se nota em certos convulsivos ou em certos indivíduos submetidos a torturas cruéis?
– Em alguns, é um efeito exclusivamente magnético que age sobre o sistema nervoso, semelhante à ação de certas substâncias. Em outros, a exaltação do pensamento enfraquece a sensibilidade, porque a vida parece retirar-se do corpo para se transportar ao Espírito. Não sabeis que, quando o Espírito está fortemente preocupado com uma coisa, o corpo não sente, não vê e não ouve nada?
 A exaltação fanática e o entusiasmo oferecem, freqüentemente, nos casos de suplícios, o exemplo de calma e sangue-frio que não triunfariam sobre uma dor aguda se não se admitisse que a sensibilidade se encontra neutralizada por uma espécie de efeito anestésico. Sabe-se que no calor do combate a pessoa não se apercebe, freqüentemente, de um ferimento grave, enquanto em circunstâncias comuns um simples arranhão a faz estremecer.
Visto que esses fenômenos dependem de uma causa física e da ação de certos Espíritos, podemos perguntar como, em muitos casos, atenderam a uma ordem e cessaram. A razão disso é simples. A ação dos Espíritos nesses casos é apenas secundária; somente se aproveitam de uma disposição natural. O fato de obedecer à autoridade de uma ordem dada não lhes suprimiu essa disposição, mas a causa que a mantinha e exaltava; de ativa, passou a latente, e teve razão para agir assim, porque o fato resultava em abuso e escândalo. Sabe-se, de resto, que essa intervenção não tem nenhum poder quando a ação dos Espíritos é direta e espontânea.