Amigo, chegas agora, Do mundo de sombra e dor, Para o banquete sublime De luz do Consolador.
Já sei que sentes o fogo Da crença e da devoção, Desejando desdobrar O esforço de salvação. Vibra na paz de tua alma O desejo superior, De espalhar em longos jorros A fonte de teu amor. Mas, ouve. Acalma a ansiedade, Porque no mundo infeliz, Cada qual tem sua chaga Em vias de cicatriz. Nesse número de enfermos, Não te esqueças de contar Os próprios irmãos do sangue Que o céu te manda ajudar. Todo esse fogo da fé Não desperdices a esmo, Busca aplicar seu calor Na perfeição de ti mesmo. Tão grande é o penoso esforço Da última redenção, Que não basta uma só vida Pela própria conversão. Acham muitos que a doutrina Para ensinar ou vencer, Precisa de certos homens Do galarins do poder. Mas, eu suponho o contrário. Em seu anseio de luz, O homem é que precisa Da doutrina de Jesus. Em se tratando de crenças, Nunca venhas a olvidar Que o Sol nunca precisou Dos homens para brilhar. Fala pouco. Pensa muito. Sobretudo, faze o bem. A palavra sem a ação Não esclarece a ninguém. Não guardes muita ansiedade Se o Evangelho te conduz. Lembra que dura há milênios A esperança de Jesus. Pelo Espírito Casimiro Cunha Psicografia de Chico Xavier
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