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Queridos irmaos o chat esta aberto a todos ...aqueles que sentirem necessidade pode la fazer sua prece individual...usem e fiquem a vontade pq a espritualidade presente ira acolher depende unicamente da fé de cada um.....
Muita paz e luz a todos

terça-feira, 7 de julho de 2015



Morte e significado

Cícero Marcos Teixeira
Vamos procurar analisar parcial e genericamente alguns aspectos de mortes violentas, através de acidentes ou desastres dolorosos.
O que ocorre com as pessoas que são surpreendidas com a morte física num desastre?
Quais as sensações e emoções que as vítimas de um acidente fatal sentem ou vivenciam nos momentos deste tipo de morte?
Tomando por fundamentação teórica os ensinamentos espíritas, e com base em informações mediúnicas confiáveis, pode-se estabelecer alguns princípios gerais para elucidar a dinâmica do fenômeno da morte ou desencarnação e o processo do morrer propriamente dito.
Em princípio, é necessário esclarecer que a morte é um fenômeno natural inerente à dinâmica da própria vida.
O que é que morre ou desencarna?
Apenas o corpo físico morre, isto é, passa por uma série de transformações psicobiofísicas de degradação energética, com rupturas dos centros vitais bioenergéticos que integram os diferentes sistemas atômicos celulares componentes de tecidos, órgãos, aparelhos e demais sistemas interativos que compõem o organismo humano como verdadeiro eco-sistema de manifestação vital.
Resumidamente, na visão materialista, a morte significa o caos orgânico, irreversível, culminando na cessação de todas as funções vitais e conseqüente desagregação do organismo físico, através da decomposição cadavérica, nada restando após a morte propriamente dita.
Na visão espiritualista de um modo geral, algo sobrevive após o fenômeno da morte física.
Sem maiores detalhes ou considerações filosóficas, o espiritualista de um modo geral, admite a existência da alma ou do Espírito e, portanto, ao morrer, independente do gênero de morte ou desencarne, a alma ou espírito sobrevive, continuando a viver no mundo espiritual.
O espiritualista espírita descortina um horizonte mais amplo, tendo um acervo de ensinamentos esclarecedores sobre a dinâmica da morte e do morrer, relacionado ao gênero de vida consciencial da criatura humana, independente da faixa etária, sexo, raça, cultura, religião, posição social, etc.
No caso particular da visão espírita, a morte ou desencarnação propriamente dita implica uma série de fenômenos não só psicobiofísicos: também inclui outros de natureza anímico-conscienciais extrafísicos, paranormais e mediúnicos de grande complexidade que, direta ou indiretamente, podem evidenciar a sobrevivência do espírito ou consciência que continua a viver após a ruptura dos laços bioenergéticos que mantinham o organismo físico em plena atividade, como veículo ou instrumento de manifestação do espírito encarnado, durante a respectiva cota de tempo de vida, compatível com as necessidades e projetos de realização e auto-realização consciencial, em cada experiência reencarnatória.
Assim sendo, a vida inteligente, consciencial, não se extingue com a morte física propriamente dita. O Eu-consciencial ou Espírito, ser pensante, volitivo, dotado de instinto, emoção, sentimento, razão, linguagem conceitual e demais atributos humanos, ao passar pelo fenômeno da morte do corpo físico, de acordo com seu estágio evolutivo espiritual, terá maior ou menor autonomia e maior ou menor lucidez consciencial, cognitiva,
afetiva e volitiva, para compreender as diferentes fases do processo da morte física propriamente dita.
De acordo também com seu grau de educação consciencial e espiritual e, ainda, conforme as ações e obras realizadas em vida, terá maior ou menor merecimento, além do sentimento de auto-estima pelo cumprimento dos deveres e realizações edificantes não só em beneficio próprio, como, também, em favor dos seus semelhantes, da comunidade e da sociedade em geral.
Em tais circunstancias, os que viveram edificantemente, independente de rótulos místicos ou religiosos, apresentam melhores condições psicodinâmicas conscienciais para compreender e aceitar com maior ou menor autocontrole, equilíbrio e serenidade as surpresas da sua própria desencarnação.
Por outro lado, os que em decorrência da imaturidade consciencial, espiritual, cometeram equívocos, vivendo egoísta e egocentricamente, não aproveitando bem as lições da vida, no sentido de promover o auto-conhecimento e a construção da paz dentro e fora de si mesmos, apegando-se ao corpo físico como única realidade e razão de ser. estes que assim viveram terão maiores dificuldades para compreender e aceitar a surpresa da própria morte física e a grande realidade de sua própria sobrevivência como espírito desencarnado.
Isto não que dizer que a pessoa esteja condenada pela eternidade afora a um sofrimento infernal, tal qual as religiões dogmáticas e sectárias incutiram na mente popular.
Absolutamente. Cada consciência, de acordo com seu biorritmo e tempo de assimilação e vontade de reconstruir o próprio destino, para melhor, terá tantas oportunidades de aprendizagem auto-redentora quantas necessitar para construir a própria plenitude consciencial e existencial ao longo das vidas sucessivas.
Deste modo, na visão espírita, a vida é imperecível e o ser humano é um agente co-criador integrante do Plano Divino da Criação, e, conseqüentemente, arquiteto de seu próprio destino feliz ou infeliz.
Esta digressão teórica se faz necessária no sentido de estabelecer alguns princípios gerais relativos ao fenômeno da morte e seu significado